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GRÃOS DE
OURO
E.G. Wilcox
Segunda Edição
RECIFE – 1938
P R E F Á C I O S |
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Da primeira edição Este opúsculo é composto dos folhetos por mim escritos e que foram distribuidos em toda parte do Norte do Brasil. Alguns amigos aconselharam-me a enfeixar estes quinze assuntos, o que venho de fazer com o propósito de auxiliar alguém a achar Jesus Cristo como Redentor e ao mesmo tempo guiar os crentes a maior fidelidade à Palavra de Deus.
3 de outubro de 1934 |
da terceira
edição Para dar mais utilidade a este opúsculo que foi escrito por meu ilustre sogro, E. G.Wilcox, venho a colocá-lo na caligrafia mais atualizada. Janeiro de 2000 Charles W. Dickson |
Indice
“Jesus respondeu-lhe: Em verdade, em verdade te
digo se alguém não
nascer de novo, não pode ver o reino de Deus.” João 3:3
Estes são as palavras de Jesus Cristo ao varão que quiz saber os fatos concernentes ao reino de Deus. Nicodemos, o homem de que falamos, era pessoa instruida e tambem um dos principais entre os Judeus. Sendo assim, ele conhecia a fundo a lei de Moisés, e sabia o que diziam os profetas acerca do reino de Deus, pois a sua pergunta não era frívola, mas uma investigação sincera de um homem interessado no assunto.
Jesus sabia o que ia no coração de Nicodemos e que não proferiu uma palavra de mais ou de menos. Ele disse o que fôr absolutamente necessário. Alguém, aceitando a resposta de Jesus e a cumprindo, há de ver o reino de Deus.
Esta frase: “ver o reino de Deus” significa ser preparado para entrar no reino de Deus, ser um homem regenerado, um homem com um novo coração, ou em noutras palavras ser um crente.
Certamente, esta questão de ser um homem regenerado, um homen que possue a vida eterna, um homem que é cidadão do céu, é muito importante na vida de um indivíduo.
Vamos ver alguns fatos concernentes ao novo nascimento.
O ato é realizado quando um pecador se arrepende dos seus pecados, confiando inteiramente pela fé na obra redentora de Jesus Cristo. Não é nada do físico, mas uma mudança de coração. O desejo do homem muda. Agora ele ama as coisas de Deus e odeia as coisas imundas deste mundo. Ele goza imediatamente o perdão dos seus pecados e quer comunicar aos outros a paz que ele mesmo sente no coração.
Tudo isso acontece num instante. Alguém não se pode regenerar durante uma semana, um mês, ou um ano. O preparo sim, antes da sua conversão, pode ser prolongado. O homem pode ter chegado à luz espiritual, pouco a pouco. A convicção dos seus pecados pode ter sido operada durante meses. Mas a luz, o perdão e a paz vêm logo.
O apóstolo Paulo declarou que a luz veio-lhe no caminho de Damasco: Jesus falou-lhe, Paulo ouviu a sua voz, aceitando-o e daquela hora em diante era outra criatura
Jesus não faz a sua obra parcialmente. Uma pessoa não é metade crente hoje, para a obra ser completada amanhã. Um homem é filho de Deus ou filho do mundo, num instante.
O novo nascimento é semelhante ao primeiro nascimento, isto é, o nascimento físico. Uma criança quando nasce é uma pessoa completa. Tem todos os orgãos de um adulto. É verdade que é muito pequena, fraca, ignorante. Assim tambem, é uma criança em Cristo ou um recém-nascido no reino de Deus. A única diferença entre uma criança e um homem é o desenvolvimento. O desenvolvimento é um processo. Toma bastante tempo. Como uma criança precisa de exercício para crescer normalmente, assim o recém-nascido no reino de Deus precisa de exercício nas coisas espirituais. Toma tambem bastante tempo. É um processo.
Todavia, como uma criança nasce neste mundo uma pessoa completa, assim tambem o novo nascimento espiritual é completo.
Como uma pessoa é nascida neste mundo uma só vez, assim um filho de Deus é nascido uma só vez. Nicodemos, sendo ignorante acerca do nascimento espiritual, ficou maravilhado com a resposta de Jesus, pensando ele só no nascimento fisico. É impossivel no mundo fisicio nascer mais de uma vez e tambem no mundo espiritual.
Mas alguém diz: “Eu conheci fulano de tal quando ele era um crente fiel, agora ele está no mundo. Bem, mas quem sabe a relação entre fulano de tal e o seu Deus, de outrora e de agora? Quem sabe se ele foi realmenrte regenerado ou não, ou se ele não é, atualmente, um crente desviado?
Uma coisa é certa: se ele era realmente um filho de Deus, não é agora um filho do mundo. O estado de um filho não pode ser mudado.
Este ponto deve ser bem frisado. A religião de Jesus Cristo é espiritual. O nascimento espiritual não depende de ritos humanos nem de qualquer outra coisa.
Jesus, falando à mulher samaritana, ensinou lhe que os montes samaritanos não têm valor nenhum na religião. O crente que vive em plena comunhão com Deus é um crente espiritual. O crente feliz é o que pode dizer com Paulo: “Sirvo a Cristo no meu espirito.” Jesus expressou este fato muito claramente quando disse: “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espirito e em verdade.” João 4:23. E de novo: “Deus é Espirito; e é necessário que os que o adoram o adorem em espirito e em verdade.” João 4:24.
O novo nascimento, sendo espiritual, é, portanto, invisível. As coisas espirituais não têm corpo, pois, não podem ser vistas com os olhos naturais. Jesus disse a Nicodemos: “O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes donde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espirito.” João 3:8.
O vento não pode ser visto, mas é muito real e forte. Assim é que coisas invisíveis são reais. O novo nascimento é muito real embora invisível. Um pensamento ou uma idéia não podem ser vistos com os olhos naturais, mas quem nega a realidade de ambos?
Assim, o novo nascimento é invisível.
O homem que é nascido de novo é uma nova criatura. A mudança nos seus pensamentos é radical. Ele sente outros desejos. As coisas velhas passaram. Eis que tudo é novo.
Zaqueu, o publicano, sendo regenerado, sentiu logo o impulso de dar a metade dos seus bens aos pobres. Uma hora antes, ele amava tanto o seu dinheiro! Mas agora tanto desprendimento! Por que? Porque Cristo lhe entrou no coração.
Lídia ouviu o apóstolo Paulo pregar a Palavra de Deus que lhe tocou no coração. Ela se converteu e imediatamente disse aos pregadores: “Se haveis julgado que eu seja fiel ao Senhor, entrai em minha casa, e ficai ali”. Atos 16:15.
O crente, cuja bolsa não esteja convertida tambem, deve examinar o seu coração de novo para ver se realmente é convertido ou não.
Graças ao nosso bom Deus, Ele nos dá imediatamente um novo coração. O pobre pecador não tem que esperar horas ou dias para receber a paz na vida, mas recebe logo a vida eterna. “Quem tem o Filho, tem a vida.” Notai bem o tempo expresso no verbo: TEM é presente.
Quando o pecador creu, Cristo deu a sua parte – a vida eterna.
“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus.” Efésios 2:8.
A Salvação - Por nosso Senhor Jesus Cristo
“Em verdade, em verdade vos digo que o que ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entra em juizo, pelo contrário, já passou da morte para a vida.” João 5:24
Jesus Cristo dirige-se nesta passagem aos judeus descrentes. Ele quiz salvá-los e por isso apresentou-lhes em poucas e bem claras palavras o plano de salvação.
Estes judeus eram inimigos de Jesus até a morte, por isso o perseguiram.
O que Jesus disse neste versículo a estes judeus inimigos, aplica-se a qualquer pecador. Meu leitor descrente, espero que ouças estas palavras de Jesus.
O pecador tem de ouvir. Tem de dar atenção. Não pode ouvir com a mente perturbada, agitada. Alguém pode ouvir o som da voz do pregador e ainda não ouvir a sua mensagem. Alguém pode estar presente a um culto divino sem, contudo, ouvir o som da voz do pregador tendo ainda sua mente e seu coração dez mil leguas distantes do lugar onde se acha.
O pecador tem de ouvir com a mente aberta para receber as verdades do Evangelho. Não vale a pena ouvir se sua mente é fechada à verdade.
Deve ouvir como uma criança anciosa de saber a verdade. “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.” Apocalypse 2:7
O Espirito Santo diz: Ouvi a minha voz hoje. Também o espirito diabólico diz: podeis ouvir, mas não agora; Esperai até amanhã.
Meu leitor, a voz de Deus é melhor que a do diabo.
Agora Jesus diz que deves ouvir sua Palavra. Esta declaração põe uma grande responsabilidade sobre o pregador ou qualquer crente que fala em nome de Cristo.
É a Palavra de Deus, que devemos anunciar. O pregador que fala sempre em história humana não está pregando a palavra de Deus. A história é boa e devemos, não há dúvida, conhecer alguma coisa a seu respeito, porem ela não substitui a Palavra de Deus.
A palavra de Jesus também não é ciência natural. Jesus não é contra qualquer ciência, não, porque Ele a criou, porém ciência não deve ser ensinada no púlpito.
Um colégio cristão é o lugar onde ela deve ser ensinada.
A filosofia dos homens também não deve constituir matéria do púlpito de uma Igreja do Novo Testamento nem de conversa quando um crente está procurando guiar um pecador das trevas para à luz.
Também um “ismo” de qualquer seita não é a Palavra de Deus.
História, ciência e filosofia podem às vezes ser usadas do púlpito ou na conversa como referência para esclarecer a questão debatida, porém em hipótese alguma deve substituir a Palavra de Deus.
As palavras de Cristo Jesus são escritas no Novo Testamento, são os seus ensinos.
Agora o descrente deve não somente ouvir, e ouvir a Palavra de Jesus, mas também crer nela. Deve aceitá-la. Esta aceitação é absoluta, sem condição. Esta crença inclue o arrependimento dos seus pecados e a fé salvadora em Cristo Jesus. Não é simplesmente a aceitação de que Jesus viveu aqui na terra ou que Ele era um homem bom ou mesmo um profeta, mas é preciso aceitá-lo como Salvador Divino. Deve crer que Jesus Cristo é Deus. Este ato de regeneração não é simplesmente decidir ao lado de Jesus.
É um nascimento, nascimento de cima, e um nascimento novo, é espiritual, pois devemos crer com a mente e o coração.
A prova de que alguém realmente aceitou Jesus e foi regenerado são os frutos bons em sua vida. Ontem, o descrente amava os pecados do mundo; hoje odeia estas coisas e ama as coisas de Deus.
Não há coisa misteriosa por parte do homem em crer, usando o mesmo processo que usa quando tem fé em qualquer amigo. O resultado da fé em Cristo Jesus é misterioso e faz do homem uma outra criatura. O mistério é da parte Divina, mas o homem deve crer como ele está, não deve pensar em reformar a sua vida antes de crer. A reformação vem depois.
Jesus disse: “crê naquele que me enviou.” O descrente deve crer em uma pessoa. Não em um rito ou uma ordenança para a salvação.
Ninguém jamais se salvou crendo em obras humanas, muito menos de um oficial de qualquer igreja. Todas as coisas inventadas pelos homens para a salvação não podem dar resultado.
Cristo é o único Salvador ou não é Salvador. Ele não pode ser UM Salvador porque Ele declarou: “Eu sou o caminho.” Se fosse possível um outro Salvador, Jesus não teria morrido.
Há dias, em uma cidade ao sul do pais, vi uma senhora andar de joelhos em redor de uma igreja católica. O chão estava coberto de pedras, tendo sido o ato feito com dificuldade e dôr. Sem dúvida esta senhora estava cumprindo uma promessa feita a um santo da igreja.
Pobre criatura, pensou em receber graças por tal sacrifício. Só Deus pode ajudar o pobre pecador humano.
Notai meu leitor que a Escritura diz: “tem a vida eterna”; não diz: terá.
O pecador arrependido recebe perdão e vida imediatamente quando crê. E recebe paz na terra quando crê.
O pecador recebe vida eterna nesta vida quando crê. O carcereiro preguntou a Paulo e Silas: “Senhores, que me é necessário fazer para me salvar?” A resposta foi: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo.” O pecador arrependido não tem de esperar até o fim desta vida. Graças a Deus ele pode receber a vida espiritual aqui na terra e gozá-la, servindo a Deus com sua nova vida.
Esta vida que o pecador arrependido recebe de Jesus Cristo é a vida eterna. Esta vida jamais acabará, pois Cristo, sendo eterno, dá vida eterna. Ele não faz a sua obra incompleta.
“Quem tem o Filho, tem a vida; quem não tem o Filho de Deus, não tem a vida”. I João 1:12.
Ó pecador arrependido, vê o que Cristo fez em teu benefício: - não entras em juizo. Porque? Porque não pecaste? Não. Pecaste, e a lei diz que aquele que peca responderá pelos seus pecdaos. Cristo tomou sobre Si os nossos pecados. Ele satisfez a ira de Deus contra o pobre pecador. Cristo sofreu pelos nossos pecados.
Ele sofreu na cruz o que nós os pecadores arrependidos haviamos de sofrer na eternidade. Portanto, o Filho satisfez a lei. Ele tornou se pecador em nosso lugar embora pessoalmente não tivesse pecado. Cristo entrou em juizo em nosso lugar, pois o pecador salvo não entra em juizo.
O pecador era morto, mas arrependido, vive a vida eterna. Já passou da morte para a vida.
Qual o pecador que não deseja gozar este privilégio? Ter vida eterna? Ter paz com Deus? Quem é que não quer escapar da morte terrivel? Pois, meu leitor descrente, “crê no Senhor Jesus” e haverás de gozar vida eterna em Jesus Cristo.
A Profecia de Isaias - Cumprida por Jesus Cristo
“ e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade, Principe da Paz.” Isaias 9:6b
Isaias era um profeta de visão larga. Neste versículo ele olhava para o futuro e declarava o que haveria de acontecer.
Alem de ter visões do futuro ele pregava para a sua própria geração.
No princípio deste versículo, anunciando o nascimento dessa pessoa, o profeta empregou o tempo passado do verbo para anunciar um fato do futuro. Esta maneira de falar expressava ao fato com mais ênfase. Para o profeta o cumprimento desta profecia era certo. Na mente do profeta ele já havia acontecido.
Neste pequeno artigo examinaremos as palavras do nosso texto, descrevendo o caráter da pessoa que há de nascer.
Creio que só na pessoa de Jesus Cristo podem ser cumpridas estas palavras.
Se neste mundo nascesse um homem a quem se podesse chamar maravilhoso, este seria Jesus.
Ele fez mais maravilhas do que qualquer outro homem. Ele causou mais admiração nos corações dos homens do que qualquer outro.
Os seus ensinos têm instruido a maior número de pessoas do que os de outrém. As suas doutrinas têm sido a base da civilização por vinte séculos. Certamente o seu nome se chama maravilhoso.
Nunca houve o nascimento como o de Jesus. Ele teve por mãe uma virgem, e, por Pai, Deus. Em todos os tempos de antiguidade nunce houve um como este e nunca haverá outro.
Ele é Deus-Homem e Homem-Deus. O Eterno Verbo estava com Deus, o Pai, no princípio. O mesmo que falava com Abraão, que ensinava os profetas, este mesmo tornou se Jesus Homem. Tornou se Homem para ajudar os homens nas suas tentações, para simpatizar com os homens nas suas dores. Deixou o seu lar celeste para habitar na terra sem ter um lugar para si mesmo. Certamente Ele teve um nascimento maravilhoso. Era a maravilha das maravilhas; o milagre dos milagres.
A todo o mundo maravilhava a vida de Jesus. Nos poucos dias que Ele habitou na terra, especialmente nos dias do seu ministério ativo, Jesus fez muita coisa. Vemos como Ele andava ensinando de dia e de noite. Às vezes passando toda a noite em orações. Como Ele viajava em toda a parte curando os doentes, abrindo os olhos dos cegos e levantando os mortos.
Jesus não ensinava como os Escribas, mas como um que tinha autoridade, a qual Ele teve.
Limpou o templo em Jerusalem de toda especie de mercadoria, porque disse Ele: “a casa de meu Pai é a casa de oração”.
Certamente a vida de Jesus era maravilhosa.
A morte de Jesus Cristo foi diferente de qualquer outra no mundo. Morreu na cruz, porém não foi criminoso. Morreu para que outros pudessem viver. Cristo deu a sua vida para dar vida eterna aos homens. Na sua morte Jesus satisfez a ira de Deus. Morreu para que os outros não morressem.
Certamente não haverá outra morte como o de Jesus Cristo.
Quem não quer receber conselhos? Especialmente quando estes são bons? Cristo deu conselhos às duas classes: os não salvos e os salvos.
A - Aos incrédulos Ele disse: “Vêm após mim e achareis vida” – “Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.” Cristo quer salvar cada criatura neste mundo. Se alguém não se salva é porque não aceita Cristo como Salvador.
Certamente Cristo Jesus deu bons conselhos aos não crentes.
B) – Aos crentes Cristo disse: - “Guardeis os meus mandamentos.” “Se quizerdes ser felizes nesta vida fazei a minha vontade.” Se o crente guardar os conselhos de Cristo há de crescer em espiritualidade e em bens materiais.
Aqui o termo se refere a Deus. Um mero homem não pode realizar este termo – Deus forte.
Forte no poder. Na criaçao deste Universo, Cristo, o Eterno Verbo, estava presente. João 1:1. Ele disse: ”Haja luz. E houve luz.” Fez o mundo do nada. Sòmente Deus pode criar alguma coisa. O homem pode combinar as coisas criadas e fazer alguma coisa nova, mas no sentido de criar, o homem não pode.
Vêmo-lo com poder nos milagres feitos. É verdade que os discípulos de Jesus fizeram muitos milagres, porém não os fizeram em seu próprio nome.
Vemos Jesus ao pé do túmulo de Lázaro. Lázaro já estava morto há quatro dias. Jesus disse ao defunto: “Sai para fora” e Lázaro saiu cheio de vida. Sòmente Deus pode dar a vida a um defunto.
Jesus estava com os discípulos viajando no mar. De repente veio um vento forte e a pequena barca estava se enchendo de agua. Os discípulos disseram: “Salva-nos Senhor, que perecemos. Ele lhes disse: Porque temeis homens de pouca fé? Então, erguendo-se repreendeu os ventos e o mar fez-se grande bonança.”
Neste milagre vemos que Jesus teve poder sobre os elements.
A personalidade de Jesus era forte. Ninguém podia fitar os olhos de Jesus sem sentir-se atraido por Ele. Os que o amavam, ainda o amavam mais, e os que queriam prendê-lo cairam por terra logo que Ele os olhava.
Certamente Jesus era Deus forte.
Este termo, Pai da Eternidade, sem dúvida, quer dizer que Ele era autor da Eternidade, ou que vivia através de todos os tempos.
Cristo era o único que podia cumprir esta profecia. Um homem qualquer não podia. Qualquer profeta nascido nos tempos dos profetas tambem não podia.
João, o evangelista, nos diz no seu Evangelho, capítulo 1, versículo 1, que Ele estava no princípio com o Pai e que era Deus.
Jesus tambem declarou que judeus incrédulos que vivia antes de Abraão. Disse-lhes Jesus: “Em verdade, em verdade vos digo: Antes que Abraão fosse feito: Eu sou.” João 8:58.
Pois é claro diante destas declarações que nunca houve tempo em que Cristo não existisse.
Certamente Ele é Pai da Eternidade.
Em todos os ensinos de Jesus, Ele ensinava a doutrina da paz, amor, e contentamento. Todas as guerras teriam sido evitadas se a doutrina de Jesus fosse observada. Qualquer questão entre o seu povo poderia ser resolvida em paz se a doutrina de Jesus fosse seguida. O pecador perturbado no seu coração por causa dos seus pecados poderia achar paz imediatamente crendo e obedecendo a Palavra de Jesus.
O crente que goza a paz é um crente que vive obediente ao seu Mestre.
Certamente Jesus Cristo é o Príncipe da Paz. Meu leitor, Cristo é tudo para todos.
Aceite-O.
A pergunta mais importante para o homem incrédulo é – Como ser salvo?
Ninguém que tem raciocínio normal quer ser um perdido. O melhor meio para saber como ser salvo é consultar a Bíblia. Deixai a Bíblia falar.
“Porque se Abraão foi justificado pelas boas obras, tem de que se gloriar, mas não diante de Deus, pois que diz a Escritura? E Abraão creu a Deus, e isso lhe foi imputado como justiça. Ao que trabalha não lhe é imputada a recompensa por graça, mas por dívida; porém ao que não trabalha, mas crê naquele que justifica ao ímpio, a sua fé lhe é imputada para justiça.” Romanos 4:2-5
“Chegou um moço e perguntou-lhe: Mestre que coisa boa farei para ter a vida eterna? Respondeu-lhe Jesus: Não matarás, não adulterarás, não dirás falso testemunho, honra a teu pai e a tua mãe, e amarás ao teu próximo como a ti mesmo. Replicou-lhe o moço: Tudo isso tenho guardado; que me falta ainda? Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai vender tudo o que tens e dá-o aos pobres e terás um tesouro nos céus; depois vem seguir-me. O moço, porém ouvindo estes preceitos, retirou-se triste; porque tinha muitos bens.” Mateus 19:16.18,22.
a) O batismo
“Depois veio Jesus da Galiléia ao Jordão ter com João, para ser batizado por ele, mas João objetava-lhe: Eu é que preciso ser batizado por ti, e tu vems a mim? Respondeu-lhe Jesus: Deixa por agora, porque assim nos convem cumprir toda a justiça. Então ele o permitiu. E sendo Jesus batizado, saiu logo da agua.” Mateus 3:13-16
Jesus não precisava de salvação. Ele é o autor da salvação; logo o batismo a que Ele se submeteu não visou a salvação.
Disse o carcereiro: “Senhores, que me é necessário fazer para me salvar?” Responderam eles: “Crê no Senhor Jesus e serás salvo, tu e tua casa. Ele naquela mesma hora da noite, tomando-os consigo, lavou-lhes as feridas e foi logo batizado.” Atos 16:30 - 31, 33.
Paulo e Silas disseram ao carcereiro que a sua fé era necessária para a Salvação. O batismo veio depois para mostrar ao mundo que era salvo.
“Porventura, não sabeis que todos os que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com Ele na morte pelo batismo, para que, como Cristo foi ressucitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também nós andemos em novidade de vida.” Romanos 6:3, 4.
Assim Paulo ensinava que o nosso batismo é para simbolizar a nossa vida em Cristo. O Senhor morreu e foi sepultado, mas ressucitou pela glória do Pai. Assim nós morreremos para o pecado, fomos sepultados nas aguas batismais, mas também fomos ressucitados destas mesmas aguas, simbolizando uma nova vida em Cristo Jesus.
O nosso batismo, pois, nada tem a ver com o salvação, mas é uma figura que representa a nossa redenção.
b) A Ceia do Senhor
A ceia foi dada aos crentes. Já eram crentes, portanto não foi instituida para salvá-los. O Senhor disse: “fazei isto em memória de mim.”
“Quando, pois, deres esmolas, não faças tocar a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas para serem honrados dos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa.” Mateus 6:2
O crente dá esmola ao pobre, quando acha que ele merece tal auxílio. O fim deste ato é aliviar o sofrimento do necessitado. O crente não pensa em qualquer galardão para si. Dar esmola não tem nenhum valor no sentido de ganhar a salvação.
Também, o sofrimento do corpo não tem nada com a salvação. A salvação está no reino espiritual. Deus não exige sacrifício, mas obediência. “Deus é espírito; e é necessário que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.” João 4:24.
Cristo é o caminho, a verdade e a vida. “Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” João 14:6
“Eu sou o bom pastor; o bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas. João 10:11
“Eu sou a luz que vem ao mundo afim de que todo o que crê em mim não permaneça nas trevas”. João 12:46
Não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não há outro nome dado entre os homens, em que devamos ser salvo.” Atos 4:12
“Nele (Cristo) estava a vida e a vida era a luz dos homens. João 1:4
“No dia seguinte viu João a Jesus que vinha para ele, e disse: Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. João 1:29
“Se, porém, andarmos na luz, como ele está na luz, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus seu filho nos purifica de todo pecado.” 1 João 1:7
“Para que todo o que nele crê tenha a vida eterna.” João 3:15
“Pois assim amou Deus ao mundo, que deu seu Filho unigênito para que todo o que nele crê não pereça mas tenha a vida eterna.” João 3:16
“Quem nele crê, não é julgado; o que não crê já está julgado, porque não crê no nome do Filho unigênito de Deus. “ João 3:18
“O que crê no Filho tem a vida eterna; o que, porém, desobedece ao Filho, não terá a vida, mas sobre ele permaneça a ira de Deus.” João 3:36
“Em verdade, em verdade vos digo que o que ouve a minha Palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, e não entra em juizo, pelo contrário, já passou da morte para vida.” João 5:24
Bem viva seja a Palavra de Deus nos vossos corações, pois ela é a única autoridade em matéria de salvação.
Ouví-a.
O que Disse Jesus a Respeito de Si Mesmo
Quando alguém possue a reputação de dizer sempre a verdade e nunca enganou ninguém, todo o mundo logo tem anseio de saber a sua opinião sobre qualquer assunto. Se assim é com o homem, limitado como ele é em sabedoría e poder humano, quanto mais devemos desejar saber a opinião de um que nunca errou, sendo ele mesmo a verdade.
Todo o mundo que falava com Jesus Cristo maravilhava-se das suas Palavras.
Disseram os seus ouvintes: “Nunca homem algum falou como este homem”.
Nunca houve um caso de uma criatura realmente interessada que apelasse para Jesus, e saisse sem receber o auxílio desejado.
Pois, meu amigo não crente, vale a pena saber o que disse Jesus a respeito de si mesmo.
Jesus teve a infelicidade de falar a um auditório não preparado. É verdade que ele falou aos seus discípulos, porém eles tambem não estavam preparados para receber as suas lições.
Os mais inteligentes deles quizeram ensinar a Jesus como deveria falar ou
andar.
Por esta razão, Jesus proporcionou as suas lições gradualmente, usando ao mesmo tempo muitas figuras simples e naturais, tiradas da mesma natureza que os discípulos conheciam.
Parece que levou muito tempo para os seus discípulos compreenderem a profundidade, a realidade, a magnitude das doutrinas do Mestre.
Ficaram ainda algumas doutrinas para um homem como Paul interpretar mais tarde. Paulo nunca falou com Jesus emquanto homens, como Pedro, João e os outros discípulos, porém tiveram a capacidade de interpretar profundamente muitos ensinos que Jesus deixou.
Neste pequeno artigo será impossivel dizer o que Jesus doutrinou a respeito de si, em geral, mas sòmente acerca de si como Salvador de pecadores e a sua relação com os crentes e isto apenas em alguns casos.
Em João 14:6 Jesus diz: “Eu sou o caminho e a verdade e a vida: ninguém vem ao Pai senão por mim.”
Jesus aqui usou uma figura para ensinar ou explicar um fato.
Muitas vezes, uma figura ensina melhor a verdade do que qualquer outro método.
Um caminho é o meio pelo qual alguém pode ir de um ponto a outro. Sem este caminho seria Impossivel a passagem. Jesus é o caminho ou o meio pelo qual se torna capaz de passar da terra para o céu, isto é, ele constitue em si o preparo necessário para se poder passar para o paraíso de Deus. Sem Jesus, o pobre pecador irá ao inferno. Jesus é o Salvador.
Notai que Jesus diz: O Caminho e não um Caminho. Ele é o único caminho para o céu. Há só uma maneira por que podermos entrar pelas portas celestiais. Todos os outros caminhos conduzem à perdição.
Em João 10:7 Jesus diz: “Eu sou a porta das ovelhas.”
Jesus aqui está ensinando a verdadeira entrada para o curral das ovelhas – é a porta e não a janela ou qualquer outra parte. Um amigo entra sempre pela porta; um inimigo, porém, entra por outro lugar.
Como a porta é a verdadeira entrada para a casa, Jesus é a verdadeira entrada para a vida eterna. Um ladrão entra pela janela; um pastor entra pela porta.
Os que vieram antes de Jesus eram ladrões e salteadores. Eles queriam enganar o povo, e entraram pelas janelas. Jesus, sendo o verdadeiro Salvador, entra pela porta. Ele, portanto, é a porta – o verdadeiro Salvador.
Em João 10:11, Jesus diz: “Eu sou o bom pastor.”
Todo o mundo conhece o trabalho dum pastor de ovelhas. Especialmente, o povo a quem Jesus falava conhecia bem este têrmo. O povo da Palestina criava rebanhos.
O bom pastor salva as suas ovelhas de qualquer perigo. Muitas vezes dá a sua própria vida afim de salvar a vida de uma ovelha.
Agora, quando Jesus diz: “Eu sou o bom pastor”, os seus ouvintes sabiam bem o seu trabalho e a sua missão no mundo. Ele é o Salvador. É ele que tem a vida eterna em si e a quer dar aos outros.
Em João 11:25, Jesus disse: “Eu sou a ressurreição.”
Esta é uma figura bem impressiva. Ressurreição quer dizer reviver – viver de novo. Estava morto, e agora vive. Estava morto e agora tem vida.
Esta é a significação de ressurreição. Jesus entra no seu coração pela fé e ele vive. Ele tem vida e vida eterna.
Um cadaver em si não pode reviver, não pode viver de novo. O poder vem de fora.
O mesmo acontece com um pecador morto em trangressões e pecados. Ele por si não pode livrar-se desta morte. Tem de ser vivificado pelo poder divino. Este é trabalho de Cristo.
Em João 15:1, Jesus diz: “Eu sou a verdadeira videira.”
Qual é a função de uma videira? Dar fruto.
O fruto vem por intermédio das varas. Jesus disse aos discípulos: “Eu sou a videira; vós sois as varas.”
A vara depende da videira para obter força e vida. Quando a vara é cortada da
videira, imediatamente seca e morre.
Assim é com o crente que não vive constantemente ligado a Cristo. Seca-se e morre no sentido de dar fruto espiritual.
Porém uma vara cortada continua sendo vara, não se torna uma pedra.
Um crente cortado da íntima comunhão com Cristo não presta, não tem poder, não tem gozo no seu coração e não é feliz na sua vida.
Em João 12:46, lemos as palavras de Jesus: “Eu sou a luz.”
Ó! O trabalho glorioso da luz! Se alguma coisa está perdida nas trevas, fica perdida se não vier a luz. Em vão alguém procura nas trevas. Mas, quando a luz chegar, tudo fica esclarecido. A luz brilha, e a coisa perdida pode ser achada.
Meu amigo, não crente, estás perdido nas trevas do pecado. Não há possibilidade de seres achado sem luz. A única verdadeira luz é Jesus Cristo; a única luz que dá a vida é a luz divina.
O único remédio neste mundo vil é Cristo Jesus.
Cristo, O Eterno Verbo - Cristo no Velho Testamento
“O verbo se fez carne e habitou entre nós”. João 1:11 “”No princípio era o verbo e o verbo estava com Deus e o verbo era Deus. João 1:1.
O VERBO SE FEZ CARNE. Isto nos indica que o verbo tinha estado em outra forma antes de fazer carne.
João 1:1 nos ensina que o verbo era Deus. A palavra verbo aqui se refere a Cristo. Cristo, pois era no princípio e Cristo era Deus. Antes da sua encarnação, Cristo vivia eternamente com Deus o Pai.
A palavra verbo no Novo Testamento é igual ao vocábulo “palavra” no Velho Testamento.
Neste pequeno artigo queremos indicar apenas alguns lugares onde o eterno verbo ou a palavra trabalhava.
O termo “anjo de Jeová” é usado em muitas passagens do Velho Testamento, indicando a mesma pessoa.
Em Gênesis 15:1, a Palavra de Jeová veio ao Abrão numa visão, dizendo: “Não temos, Abrão, eu sou teu escudo, a tua recompensa será infinitamente grande.”
Uma coisa sem vida, um termo ou uma palavra em si, não pode falar. Apenas expressa a idéia de outrem. No entanto aqui uma pessoa veio falar com Abrão. Isto não quer dizer que a pessoa fosse semelhante ao Abrão, com um corpo humano. É possível haver uma pessoa real sem corpo humano. Deus é pessoa e não tem corpo visível. Deus é Espírito.
Foi assim que o eterno Verbo, Cristo, veio falar com Abrão. O patriarca estava triste, pensando talvez em um herdeiro que ainda não tinha, ou em gado, ouro, prata; mas agora havia chegado um que era melhor do que gado, ouro, prata. O Eterno Ser, o Criador do universo, aparecia para dar conforto e conselho ao seu servo fiel. Era noite e milhares de estrelas marchetavam o céu. Abrão estava na sua tenda, meditando.
O mensageiro mandou-o sair para contemplar o firmamento. Oh! que bela cena! O patriarca ficou encantado! E deixou de pensar em herdeiro, gado, ouro, prata, para olhar ao seu Criador.
É a inspirada Palavra de Deus que nos diz: “Creu Abrão em Jeová que lhe imputou isto como justiça.” Gênesis 15:6.
É a primeira vez que encontramos a palavra “crer” no Velho Testamento.
Alguém disse que Abrão foi convertido aqui. Seja qual fôr o tempo da sua conversão, aqui ele falou com o seu Criador e achou paz no seu coração.
Agar, serva da mulher de Abrão, estava triste. Era uma vítima do pecado dos seus senhores. Fugindo da face de sua senhora, estava ela no deserto, desolada.
O anjo de Jeová lhe apareceu dizendo: donde vieste e para onde vais? “Da presença de Sara, minha senhora, vou fugindo. Disse lhe ao anjo de Jeová: Volta para a tua senhora e humilha-te debaixo das suas mãos.”
Assim Agar recebeu o bom conselho e escapou da morte horrivel do deserto. Cristo, o Eterno Verbo, sempre foi o autor da paz entre o seu povo.
Já havia nascido o herdeiro prometido. Os seus pais amavam no assaz. Era filho obediente e bom. Cresceu ativo, alegre e ajudou muito o seu lar. Qual não foi a surpresa de Abraão quando um dia Deus lhe falou dizendo: “Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vas à terra de Moriá; ofereçe-o ali em holocausto.”
O filho de promessa, o filho único, o filho bom, custou tantas orações e anos de esperanças antes de nascer, e depois do nascimento tanto cuidado no seu desenvolvimento! Porém, Abraão não era homem para duvidar da Palavra de Deus. A Palavra de Deus para ele era a última palavra.
E assim sem um protesto, Abraão levantou-se e foi ao lugar determinado.
Tudo estava preparado: o altar, a lenha, o fogo e o sacrifício – o seu próprio Filho. A mão paterna tomou o cutelo para iniciar o ato, mas do céu bradou o anjo de Jeová, dizendo: “Não estendas a mão sobre o mancebo, e não lhe faças nada, pois, agora sei que tu temes a Deus, visto que não me negaste teu filho, teu único filho.”
Assim o anjo de Jeová foi um bom mensageiro a este pai, cheio de fé, e salvou a vida do rapaz inocente.
Tantas vidas fisicas e tantas almas, ele o Eterno Verbo, já salvou desde o princípio até agora.
Em Números, capítulo 22, vemos o anjo de Jeová como adversário contra Balaão. Balaão é um carater do Velho Testamento muito interessante.,
Parece que tinha boas intenções, mas era fraco para executá-las. Estava em viagem contra a vontade de Deus e o anjo de Jeová pôs-se-lhe no caminho como seu adversário.
Balaão ia montado na sua jumenta. A ira de Deus ascendeu-se contra ele. O anjo estava no caminho com a sua espada desembainhada, pronto a matá-lo. A jumenta teve melhores olhos que o seu dono, pois, viu o anjo e desviou-se do caminho.
Agora, a ira de Balaão se ascendeu contra a sua jumenta, fustigando-a. Isto aconteceu três vezes. Jeová abriu a boca da jumenta e ela falou a Balaão.
No fim desta conversa, Jeová abriu os olhos de Balaão, e ele viu o anjo de Jeová parado no caminho, com sua espada desembainhada.
O anjo informou a Balaão que se a jumenta não se tivesse desviado do caminho, ele teria sido morto. Balaão ficou triste e quiz fazer a vontade do anjo.
Eis o trabalho do Eterno Ser, guiando, protegendo e despachando a vontade do Eterno Jeová.
Gideão era um moço da tribo de Manassés. Os Midianitas dominavam a terra de Israel. O povo de Deus estava aflito e era maltratado. O anjo de Jeová veio a Gideão, emquanto ele tentando esconder o trigo das mãos dos seus inimigos, e ele lhe disse: Jeová é contigo, valentissimo varão.
Gideão era moço humilde e timido por isso quis um sinal. Disse Gideão: “Se achei graças aos teus olhos, dá –me um sinal de que tu és quem fala comigo.” O sinal foi dado. Gideão levantou-se cheio de poder, e confiando no Senhor, alcançou uma grande vitória.
O anjo de Jeová era o anjo do poder, dando vitória ao povo de Deus.
Como anjo de esperança e promessa, ele apareceu à mulher de Manoah, prometendo-lhe um filho. Ela tido sido estéril e com esta notícia teve grande alegria.
O menino nasceu conforme a palavra do anjo de Jeová e tornou-se uma mão forte contra os inimigos de Israel, sendo o seu nome Sansão.
O rei de Israel tinha pecado contra a vontade de Deus e, como resultado, o povo morreu em grande número.
O anjo de Jeová, como anjo de destruição, estendeu a sua mão sobre Jerusalém, porém, arrependeu-se do mal e Jeová disse ao anjo: Basta! A peste cessou.
Assim vemos o anjo de Jeová através do Velho Testamento, ora dando conselhos, paz alegria e animação, ora como adversário contra homens perversos e como instrumentos de justiça divina.
Ao Eterno Verbo, à Palavra de Jeová, ao anjo de Jeová, a ele, o Cristo eterno, antes da sua encarnação – Gloria lhe seja dado para sempre.
Ezequiel, um profeta de Deus, vivia num pais estrangeiro entre o povo judaico, rebelde, que havia sido levado cativo por causa dos seus pecados. Deus quiz salvar Israel da idolatria e ensinou-lhe uma grande lição, e por isso colocou Ezequiel entre um povo idólatra ao extremo.
No entanto a maior parte do povo se tornava de cada vez pior e, em lugar de se arrepender dos seus pecados, continuava neles. Deus levantou um homem para avisá-lo, pregando-lhe a sua Mensagem. Este foi o profeta Ezequiel.
Um dia Deus o levou a um grande vale e lhe mostrou em visão uma multidão de ossos sêcos.
Podemos imaginar tal cena. O Senhor Jeová disse-lhe: “Filho do homem, acaso podem estes ossos reviver?” Respondeu o profeta: “Senhor Jeová, tu sabes”.
Creio que o profeta duvidou da possibilidade do milagre. Um vale de milhares de ossos sêcos – ossos espalhados, mirrados, esquecidos!
Veio logo a palavra de Deus ao seu servo: “Profetiza sobre estes ossos, e dize-lhe: Ossos sêcos, ouvi a Palavra de Jeová: Eis que vou fazer entrar em vós o fôlego e vivereis. Porei sobre vós nervos, e fazer crescer carnes sobre vós, porei em vós o fôlego e vivereis: sabereis que eu sou Jeová.”
O profeta, como servo de Deus, obedeceu imediatamente à Palavra de Jeová. Profetizou.
Logo houve um terremoto e os ossos se achegaram, osso ao seu osso. Vieram a carne e nervos sobre eles, porém não havia neles fôlego. De novo disse a voz de Deus: Profetiza ao vento e diz: “Vem ó fôlego, dos quatro ventos, e assopra sobre estes mortos para que vivam”.
O profeta, profetizando, entrou logo neles o fôlego e viveram. Em pouco, estes ossos sêcos se tornaram em um exército grande.
Agora , surge a pergunta: Por que esta visão? Qual é a sua interpretação?
O mesmo capítulo dá uma explicação quando diz: “Estes ossos são toda a casa de Israel.
Israel estava espalhado numa terra estranha, servindo a um povo cruel, e Jeová não estava sendo glorificado por ele. Israel era espiritualmente um vale de ossos sêcos.
Deus estava contemplando um dia quando o seu povo seria reunido de novo na sua terra, cumprindo a sua vontade. Outorgá-nos desta visão duma vale de ossos sêcos algumas lições a nós hoje? Creio que sim.
O povo de Deus em todos os séculos, tem a mesma natureza. O homem é sempre homem. A lição dada nos dias de Ezequiel ainda fala às nossas almas.
Israel não estava cumprindo a vontade de Deus. Estava disperso, em pecado, servindo a outros deuses, tornando-se, por conseguinte, incapaz e inútil a Jeová, qual vale de ossos sêcos.
Há igrejas hoje em dia que são um vale de ossos sêcos.
Qualquer igreja cujos membros estejam espalhados sobre a face da terra, e ainda estes membros não estejam fazendo a vontade de Deus, digo, tal igreja é um vale de ossos sêcos.
Uma igreja que não coopera com as demais igrejas no cumprimento da ordem de Jesus: “Ide, pregai, batizando,” é um vale de ossos sêcos.
Uma igreja que pode ver o povo de além mar morrer sem Cristo, sem esperança na vida de além túmulo, e não se esforça para dar socorro a tal povo, é um vale de ossos sêcos.
Um igreja que pode ouvir os apêlos dos nossos missionários entre os índios e não contribuir com coisa alguma para Missões Nacionais é um vale de ossos sêcos.
Uma igreja que envia um jovem chamado por Deus ao Seminário para ser educado afim de servir melhor `as igrejas e depois de alguns meses o esquece totalmente, negando-se absolutamente a todos os apêlos do mesmo Seminário, digo, tal igreja é um vale de ossos sêcos.
Uma igreja que lê um jornal religioso toda a semana, gratuitamente, querendo bem mesmo a este jornal, pedindo tantos exemplares por semana e ainda quando tal jornal faz um pedido para qualquer oferta voluntária, explicando que seu estado financeiro é precário, a dita igreja fecha os ouvidos e nega tal pedido, digo, esta igreja é um vale de ossos sêcos.
Uma igreja que usa o seu pastor emquanto ele é moço, forte, até que ele cai sob o trabalho, e depois não pensa mais nele, fazendo ouvidos de mercador aos apêlos da Junta de Beneficência para os ministros velhos, é um vale de ossos sêcos.
Os ossos eram sêcos, espalhados, inúteis, resequidos, porém eram ossos sempre. O Senhor teve de estender sobre eles carne e enché-los com folêgo, dando-lhes vida. Há igrejas assim. Vivem, mas ainda, estão mortas. Têm a forma, porém não têm a vida. O Senhor Jesus tem que lhes dar de novo a vida.
Quando um crente não quer cooperar com a sua igreja, vive independentemente, separado dos seus irmãos, tal crente é um osso sêco.
Quando uma igreja passa anos sem ter nela um avivamento espiritual e alguém, entrando nela, fica com seu zelo congelado, tal igreja é um vale de ossos sêcos.
Quando uma igreja só pensa em si, gastando todo o seu dinheiro para a sua própria vida, deixando o mundo inteiro para cuidar exclusivamente de si, tal igreja é um vale de ossos sêcos.
O Senhor Jeová não estava satisfeito com aquele vale de ossos sêcos, espalhados e mirrados.
Ele deu-lhes vida e eles ficaram de pé e tornaram-se num grande exército, obedecendo a sua voz, ficando úteis ao seu Deus e Criador.
Assim Jesus Cristo não quer que as suas igrejas fiquem sêcas e inúteis, mas quer que sejam vivas, cheias de coragem, obedecendo `a sua voz e assim conquistando o mundo inteiro.
A VIDA ETERNA - DE ACORDO COM O Evangelista João
João, o discipulo amado de seu Senhor, usou o têrmo “Vida Eterna” 15 vezes no seu Evangelho, e 6 vezes nas suas cartas.
Achei por bem examinar estas 21 referências afim de estudar esta doutrina mais de perto e se possivel entrar na sua apreciação
Desde o princípio do meu ministério sempre li com interêsse tudo que se escrevia sobre este assunto.
Notemos o que o Evangelista João disse acerca deste doutrina: “para que todo o que nele crê, tenha a vida eterna.” (João 3:15)
A vida eterna aqui é o resultado da crença no Filho do homem. Jesus, neste versículo fala a Nicodemos. Jesus quiz mostrar a Nicodemos que, como um Israelita mordido pela serpente, tinha fé de olhar `a serpente abrasadora e receber a sua cura, também alguém olhando para Jesus Cristo pela fé recebe a vida eterna.
João 3:16: “Pois assim amou Deus ao mundo que deu seu Filho unigênito para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”
Neste verso Jesus declara que para alguém receber a vida eterna foi preciso que Deus o Pai, dêsse o seu único Filho; que todo o que crê neste Filho recebe vida eterna e esta vida eterna é a garantia de que todo o que a possue não perecerá. A palavra eterna aqui tem seu sentido comun – quer dizer – não há fim, para sempre. Em outras palavras aquele, isto é, o crente, tem vida eterna, tem a garantia que há de viver no céu eternamente com Jesus e os seus.
João 3:36: “O que crê no Filho tem a vida eterna; o que, porém, desobedece ao Filho, não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.”
De novo aqui o evangelista diz que o crente tem a vida eterna. Notemos que ele possue esta vida aqui neste mundo. No momento em que um pecador aceita Cristo como Salvador tem a vida eterna.
A vida eterna garante paz com Deus e o que não tem esta vida tem sobre ele a ira de Deus. Esta ira de Deus permanece sobre o descrente. O que desobedece o Filho não verá a vida.
João 4:13: “Mas quem beber da aqua que eu lhe der nunca mais terá sêde; pelo contrário, a agua que eu lhe der, virá a ser nele uma fonte de agua que mana para a vida eterna.”
Aqui Jesus fala com a mulher samaritana. Ela estava pensando em agua, por isso que Jesus usou agua natural para mostra-lhe agua espiritual, significando Ele mesmo.
Agua natural só satisfaz a sêde, por um pouco de tempo, porém aquele que bebe agua espiritual, isto é, aquele que aceita Jesus, não terá mais sêde porque tem nele uma fonte de agua que mana para a vida eterna.
João 5:24 “Em verdade, em verdade vos digo que o que ouve o a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, e não entra em juizo, pelo contrário, já passou da morte para a vida.”
A vida eterna neste verso é o resultado de ouvir a Palavra de Jesus e crer em Deus que o enviou.
Aquele que tem esta vida nāo entra em juiizo, e já passou da morte para a vida.
O pecador incrédulo entra em juizo, porém o pecador salvo não entra em juizo. Porque? Porque tem Jesus Cristo e tem vida eterna. Cristo já pagou o preço. Cristo entrou no julgamento em seu lugar. Os pecados de um crente foram cobertos pelo sangue de Jesus Cristo que lhe aceitou como Salvador.
João 5:39: “Examinai as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e elas mesmas são as que dão testemunho de Mim.”
Jesus aqui neste versículo fala aos judeus incrédulous. Eles julgavam que as Escrituras ensinavam a doutrina da vida eterna, Jesus disse que sim, e tambem que estas mesmas Escrituras davam testemuno dEle. Estes judeus creram que alguem devia ter vida eterna e ser salvo e afirmavam que as Escrituras ensinavam esta doutrina, entretanto negavam a Jesus Cristo como Salvador. Jesus disse: “Não, eu sou o autor da vida eterna.”
João 6:27: “Trabalhai, não pela comida que perece, mas pela comida que permanence para a vida eterna, a qual o Filho do homem vos dará.”
Esta foi a resposta de Jesus `a multidão que o procurou depois dele ter dado comida a cinco mil pessoas. Esta multidão só pensava em pão material. Jesus declarou que era Ele o pão, e que teria a vida eterna e permaneceria para sempre.
João 6:40: “Esta é a vontade de meu Pai que todo o que vê o Filho do homem e nele crê tenha a vida eterna, e eu o ressuscitarei no ultimo dia.”
Jesus declara neste versículo que é a vontade de Deus que cada um tenha vida eterna, vendo e crendo no seu Filho.
A vida eterna é a garantia de ser ressucitado por Jesus. Isto quer dizer que aquele que tem a vida eterna tem a garantia de ser incluido na ressurreição dos justos. Jesus nunca falha nas suas promessas. O possuidor da vida eterna está certo da sua vida elém-tumulo.
João 6:47: “Quem crê tem a vida eterna.” Jesus continua a declarer aqui que os judeus incrédulous não eram salvos nem tinham vida eterna, porque não creram nEle, embora afirmassem que criam em Deus.
João 6:54: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna.”
Esta linguagem ofendeu os judeus incrédulous. Eles não podiam entender esta ilustração. Os judeus comeram o maná no deserto e morreram. Jesus disse: “Eu sou o pão vivo que desceu do céu; comendo-me a mim, tereis vida eterna.” A vida eterna é a semente divina que habita no crente por causa da sua crença em Jeus Cristo. Esta semente nunca acabará, viverá eternamente. Comer a carne de Jesus e beber o seu sangue significa crer nele.
João 6:68: “Tu tens as palavras da vida eterna.”
Estas são as palavras de Simão Pedro quando Jesus perguntou aos doze discípulos: “Quereis vós tambem retirar-vos?” Sem duvida Pedro quiz dizer: Não Mestre, queremos ficar contigo; não há outro caminho; só há salvação em ti; tú és o nosso eterno Salvador.”
João 10:28: “Eu dou-lhes a vida eternal e nunca jamais hão de perecer e ninguem as arrebatará da minha mão.”
Jesus dá a vida eterna, `as pessoas que crêram nele, as mesma que o Pai lhe dá. Estas pessoas nunca serão perdidas. Perdida é uma palavra triste. Alguem perdido é alguem fora de si, sem esperança em si. Não sera assim como os crentes; ninguem póde os tirar das mãos de Jesus Cristo.
João 12:50: “Eu sei que o seu mandamento é a vida eterna.”
Jesus declara aqui que a Palavra que ele falou vem do Pai; foi o mandamento de Deus e este mandamento é a vida eterna.
João 17:2,3: “Assim como lhe deste poder sobre toda a humanidade, afim de que ele conceda a vida eterna a todos aqueles que tú lhe tens dado. E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.”
Esta é a oração de Jesus ao seu Pai quando Ele lhe falava acerca da sua glorificação. Ele referiu que Deus lhe tinha dado poder de dar aa vida eterna a todos que o Pai escolhesse. A vida eterna é conhecer a Deus e seu Filho.
1 João 1:2: “Pois a vida se manifestou a nós e temos visto, e testificamos dela, e vos anunciamos esta vida eterna que estava com o Pai e a nós se manifestou.”
Aqui o autor identifica a vida eterna com o Verbo, Ambos estavam com o Pai no princípio.
1 João 2:25: “E esta é a promessa que ele mesmo nos fez, a saber, a vida eterna.”
O apóstolo mostra neste capítiulo a íntima comunhão entre o Pai, o Filho e ois crentes. Cristo prometeu a vida eterna.
1 João 3:15: “Sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanente em si mesmo.”
No princípio deste versículo João declara que todos aqueles que aborrece seu irmão é homicida; pois vida eterna é ao contrario de odio; é amor.
1 João 5:11: “Este testemunho é que Deus nos deu a vida eterna.”
1 João 5:13: “Estas coisas vos escrevo para que saibais que tendes a vida eterna.”
1 João 5:20: “Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna.”
Diante disto, caro leitor, somos forçados a concluir que o crente tem a vida eterna porque creu no Filho de Deus e no Pai que Ele enviou.
Jesus Cristo Ressucitou dentre dos Mortos
A doutrina da ressurreição de Jesus Cristo é tão velha como cristianismo. Os discípulos de Cristo afirmaram-na sempre. No entanto sempre houve pessoas que negaram tal doutrina.
Jesus mesmo asseverou antes da sua morte que havia de ressucitar. Se não ressucitasse, ele não seria fiel `a sua Palavra, e nós não teriamos um Salvador. Estariamos, pois, ainda em nossos pecados, sem esperança neste mundo.
Se Cristo não ressucitou dentre os mortos, ele não passa de um mero judeu a quem os homens crucificaram e ele ainda está morto no seu tumulo.
Neste caso todo o cristianismo seria vão. Não há fé. Não há esperança. Não há futuro para nós, porque todo – a fé. esperança, nosso futuro lar – tudo está baseado em Cristo Jesus.
Dizer tais coisas ao crente é o mesmo que dizer que ele não tem raciocínio, ou capacidade de pensar, pois, além da Bíblia, há tambem a sua própria experiência. Se alguem não aceitar a Biblia ou a experiência de uma pessoa, não há outra base para o nosso raciocímnio. Mas creio que meus leitores acreditam em ambas.
Vejamos o que diz a Biblia acerca desta tão importante doutrina. Temos em primeiro lugar o testemunho de um homem ímpio, Herodes o tetrarcha, o qual, sabendo da fama de Jesus, disse aos seus familiars: “Este é João Batista; ele ressuscitou dos mortos.” Mateus 14:2. Assim vemos a consciência de um homem que tirou a vida de outro clamar na sua superstição, anunciando a crença na doutrina da ressurreição. João Batista, era um homem justo e fiel ao seu Senhor e não se eximiu de dizer a Herodes que este vivia em pecado. No incidente vemos a crença geral daqueles dias na doutrina da ressurreição.
O TESTEMUNHO DE JESUS
Desde esse tempo começou Jesus Cristo a mostrar a seus discipulos que lhe era necessário ir a Jerusalem e padecer muitas coisas dos anciãos, dos principais dos sacerdotes e dos escribas, e ser morto e ressuscitar ao terceiro dia. Mateus 16:21; Marcos 8:31; Lucas 9:22.
A lição mais dura para os discipulos de Jesus foi a de sua morte e ressurreição. Eles não queriam ouvir tal coisa e Pedro teve a ousadio de admoestá-lo, mas nisto recebeu o nome de “Satanaz”.
Um dia Jesus tomou consigo Pedro, Tiago e João e subiu a um alto monte. Ali foi transfigurado diante deles. Deus abriu o céu e estes pobres homens viram cenas celestiais. Não estavam eles em condição de contá-las, pois Jesus lhes disse: “A ninguem conteis esta visão ate que o Filho do homen ressuscite dentre os mortos” Mateus 17:9; Marcos 9:30-31.
Outra ocasião, Jesus estava com os seus discipulos na Galiléia e disse-lhes: “O Filho do homen será entregue nas mãos dos homens; tirar-lhe-ão a vida, e ele ao terceiro dia ressuscitará.”
Indo a Jerusalem com os doze discipulos, Jesus chamou-os `a parte e afirmou que ele havia de ser entregue aos gentíos para a morte e no terceiro dia ressuscitaria. Mateus 20:19; Marcos 10:31; Lucas 18:31-33.
Jesus fez emudecer os saduceus incredulous, falando da doutrina da ressurreição geral. Mateus 22:30; Marcos 12:25 e Lucas 20:35.
Num dia notavel, quasi no termino de sua vida preciosa, Jesus instituiu a ceia. Esta ceia tomou o nome “a ceia do senhor”, e os evangelicos a chamam assim.
Quando Jesus terminou, anunciando aos seus discipulos que não tomaria mais a ceia com eles até o dia que ele havia de beber com eles no reino de seu Pai. Mateus 26:29. Positivamente, Jesus está ensinando aqui que o túmulo não podia guardá-lo, mas ele ressucitaria e iria para o Pai.
O TESTEMUNHO DE UM ANJO
O dia chegou. Jesus havia sido morto `as mãos dos seus inimigos. Foi sepultado. Três mulheres que o amavam muito, foram ao túmulo para ungí-lo como era o costume entre os judeus.
Chegadas que foram, não encontraram Jesus e o anjo disse-lhe: “não tenhais medo; poise eu sei que buscais a Jesus, que foi cruicificado. Ele não está aqui, porque já ressuscitou, como havia dito, Vinde, vede o lugar onde o Senhor jazia.” Mateus 28:5,6
O evangelista Marcos diz que um moço anunciava esta mesma boa nova `as mulheres. Marcos 16:6
O evangelista Lucas nos diz que as mulheres foram ao sepulcro e não acharam o corpo de Jesus e dois varões asseveraram que ele tinha ressuscitado. Lucas 24:6.
Jesus apareceu a dois dos seus discipulos no caminho de Emaús e falou com eles, mas os discipulos não o conheceram logo. Finalmente Jesus entrou em casa com eles e assentou-se `a mesa. Ali os discípulos descobriram que era Jesus.
Achando-se os doze discípulos reunindos em Jerusalem, contaram o que lhes havia acontecido no caminho e como fôra por eles conhecido ao partir do pão. Lucasa 24:1-25.
Reunidos os discípulos, apresentou-se Jesus no meio deles e disse-lhes: “Paz seja convocso.” Lucas 24:36. Agora os discípulos sabiam que Jesus estava vivo.
Tambem o evangelista João deu o seu testemuno. Maria Madalena foi cedo ao tumulo e achou a pedra removida. Ela correu logo e narrou o fato a Pedro e no discipulo que Jesus amava (João).
Pedro e João correram juntos, porem João correu mais ligeiro do que Pedro e chegou primeiro ao tumulo. Mas acham o tumulo vazio. Só encontram os panos de linho e o lenço que estivera sobre a cabeça de Jesus.
Depois Jesus apareceu a Maria e disse-lhe ”Não me detenhas, porque ainda não subí para meu Pai, mas vai para neus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus, e vosso Deus.” João 20:17.
Chegou o primeiro dia da semana. Os dez discipulos estavam reunidos num quarto com as portas trancadas. Jesus apareceu e disse-lhes: “Paz seja convosco.” Oito dias depois Jesus apareceu de novo aos onze discipulos reunidos. Tudo isto se encontra no capítulo 20 de João.
O capítulo 21 de João nos narra que Jesus apareceu de novo aos sete discipulos na praia do mar da Galileia, falou e almoçu com eles. Foi esta a terceira vez que Jesus se manifestara aos discipulos depois de ressurgir dentre os mortos. João 21:14.
O testemuno de Pedro foi no dia de Pentecostes. Pedro tinha pregado um forte sermão; como resultado da sua pregação, quasi três mil pessoas foram batizadas. Neste sermão, ele afirmou que Deus ressuscitoiu a Jesus dentre os mortos. Atos 2:32. Pedro tornou-se um forte pregador. Não era mais aquele Pedro fraco, vascilante.
Ele e João foram ao templo para orar. Ali, em nome de Cristo, curaram um coxo. Vendo isto, o povo ficou cheio de admiração e pasmo. Mas Pedro disse-lhes: “Não fomos nós que fizemos isto, mas foi o “Autor da vida a quem Deus ressuscitou dentre os mortos.” Atos 3:15. Nesta mesma ocasião, Pedro afirmou que Moisés tinha profetizado a ressurreição de Cristo. Atos 3:22..
Pedro e João foram presos. A igreja orava. Deus ouviu a sua oração e os discipulos foram soltos. Reuniram-se com os outros discipulos e louvaram a Deus com grande poder. Os discipulos davam o seu testemunho da ressurreição do Senhor Jesus e em todos eles haviam abundante graça. Atos 4:33
O evangelista Lucas afirmou que o Senhor apareceu a Ananias em visão, contando-lhe que tinha aparecido a Saulo no caminho e ele, Saulo, estava orando. Atos 9:17.
Pedro pregava a ressurreição de Cristo aos gentios em Cesaréia e o Espirito Santo desceu sobre eles. Atos 10:10. O apostolo deu o seu testemuno da ressurreição
Paulo estava na sua primeira viagem missionário. Já havia chegada a Antioquia. Ali estav pregando aos Iraelitas, dando-lhes a história de Israel desde o tempo de sua escravidão no Egito até aquela hora. Citou que os profetas tinham profetizado a vinda do Salvador que era Jesus e que João Batista tembem pregara que ele, Jesus, já estava entree les e que os judeus não o aceitaram, ao contrario, o mataram, “porem Deus o ressuscitou dentre os mortos.” Atos 13:1-30.
Paulo estava perante o rei Agripa, preso. Agripa quiz ouví-lo. Paulo no seu discurso declarou que Jesus sofreu, morreu, mas foi o primeiro a ressuscitar dentre os mortos. Atos 26:23
Paulo declarou aos Romanos que Jesus foi entregue por causa das nossas ofensas, e ressuscitado por causa da nossa juistificação. Romanos 1:24-25.
No capitulo 6 aos Romanos, Paulo diz que o crente não deve mais viver em pecado poque já está morto para o pecado e que o seu batismo mostrou ao mundo que foi sepultado o seu pecado, ressuscitando em nova vida e este foi o retrato da morte e da ressurreição de Cristo. Romanos 6:2-4.
No capitulo 8 de Romanos Paulo declara que o Espirito de Deus ressuscitou a Cristo dentre os mortos e o mesmo Espirito dará vida a um corpos mortal. Romanos 8:11.
Alguem, crendo que Jesus ressuscitou sera salvo: “Se confessares com a tua boca a Jesus como Senhor e creres no teu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo.” Romanos 10:9
Cristo, morendo e ressuscitando, tornou-se Senhor dos mortos e dos vivos. “Foi para isto que morreu Cristo, e tornou a viver, para ser Senhor, tanto dos mortos, como dos vivos.” Romanos 14:9
Nossa ressurreição está baseada na ressurreição de Cristo. “Ora Deus, que tamnem ressuscitou o Senhor, nos ressuscitará s nós pelo seu poder.” 1 Cor. 6:14.
A ressurreição de Jesus Cristo concorda com as Escrituras: “E que ressucitou ao terceiro dia segundo as Escrituras.” 1 Cor. 15:4. Nossa pregação, nossa fé, nossa salvação, tudo sera vão se Cristou não ressucitou.
“Mas agora Cristo ressucitou dos mortos e foi feito as primícias dos que dormem.” 1 Cor. 15:20
Agora, meu prezado leitor, podemos ver algumas coisas da importância deste estudo. Não há cristão sem esta gloriosa doutrina.
As Escrituras são o nosso guia. Qualquer raciocínio que não concorde com as Escrituras deve ser rejeitado. Vemos que a Biblia declara que Jesus ressuscitou. Sabemos que nosso raciocínio aceita, e o nosso coração se alegra neste fato glorioso.
Simão, filho de Jonas: Amas me mais do que estas.” João 21:15
Estas são as palavras de Jesus Cristo a Simão Pedro. Pedro estava pescando com alguns outros discipulos. Haviam gast uma noite inteiro sem resultado. Ao romper o dia Jesus estava na praia perto deles e perguntou-lhe: “Filhos, tendes alguma coisa de comer? Responderam-lhe: Não. E ele lhes disse: Lançai a rede para a banda direito do barco, e achareis. Lançaram-na, pois, e já não a podiam tirar, pela multidão dos peixes.”
O discipulo a quem Jesus amava (João) disse a Pedro: “É o Senhor..” Pedro não se pode conter por mais tempo e atrirando-se `a agua nadou para a praia. Os outros discipulos foram com o barco, levando os grandes peixes em número de cento e cinquenta e três.
O almoço já estava preparado e Jesus disse: “Vinde jantar.” Eles aceitaram o convite sem protesto, porque estavam com muito fome.
Não conheço nenhuma outra tarefa que produza mais fome do que algumas horas de pesca.
Depois de terem comido, Jesus começou a falar a Pedto. Sem dúvida ele apontou para o resto dos peixes e disse: “Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes?”
É muito interessante notar como Jesus e Pedro usaram o termo no original que se traduz – amor. Jesus usou a palavra “agapeu” na primeira e na segunda pergunta, mas na terceira mudo-o por “phileu”, emquanto Pedro respondeu sempre com a palavra “phileu”.
Thayer diz o seguinte acerca de “agapeu”, o amor em geral; querer bem. Mateus, Lucas., João e Paulo, O amor mútuo dos crente. (1 João), O amor que levou Deus a dar o seu Filho para morrer pelo mundo. João 3:16; Romanos 8:37, o amor que Cristo teve para dar sua vida. Gálatas 2:20, Ephesios 5:2, o amor que um mestre como Deus ou Cristo produzindo reverência e obediência, Mateus, Romanos e outros. A palavra grega “agapeu” é baseada na admiração e veneração.
A palavra grega “phileu” é motiovada sobre o sentimento, raciocínio e comoção ou agitação.
O crente, pois, deve amar a Deus no sentido de “agapeu” e não phileu” e é dito que Deus “agapeu” o mundo, João 3:16. Cristo nos mandou para amar (agapeu) nossos inimigos e não “phileu” porque o amor baseado em comoção não merece muito confiança.
A palvara “agapeu” não pode ser usada para expresser amor entre os sexos.
Continuando com Thayer ele diz: “phileu” – amor. O amor de um amigo para outro. Quando a palavra é usada em conexão com a palavra “pistis” (fé), está baseada nela. De ter prazer em uma coisa, o amor que temos para preserver a viida, é o contrário de ódio que devemos ter para os prazeres ou os pecados do mundo. O amor que apela `a um beijo.
Vemos aqui a diiferença entre estas palavras, mas ainda estão usadas `as vezes indiferentemente, pois, não podemos dizer que esta significa esta coisa e aquela sempre significa outra coisa, porém estamos justificados em usar os termos no seu sentido comun.
“Amas-me mais do que estes?” disse Jesus a Pedro. Sem dúvida Jesus teve em mira os peixes. Os peixes representaram as coisas materiais. Jesus já tinha dito a Pedro: “Segue-me e eu vos farei pescadores de homens.” Agora Pedro esqueceu-se de pescar homens e voltou a pescar peixes. Pensou mais em preserver a vida material do que cultivar a vida espiriual. As coisas espirituais ficam para sempre. Talvez Pedro ouvisse nestas palavras do Mestre uma reprehensão. Se foi assim Pedro não quiz usar a palavra “agapeu” mas sim “phileu”, porque quiz que as suas palavras combinassem com os seus atos. Agora Jesus estava chamando-o novamente para o seu service e disse-lhe “apascenta os meus cordeiros.”
Podemos imaginar os pensamentos que surgiram no coração de Pedro ao ouvir estas palavras tão penetrantes. Talvez Pedro se tenha lembrado das suas palavras em Marcos 14. Jesus estava falando a todos os seus discipulos e disse-lhes: “A todos vós serei pedra de tropeço, pois está escrito: “Ferirei o pastor e as ovelhas ficarão dispersas, mas depois que eu ressuscitar irei diante de vós para a Galiléia”. Disse-lhe Pedro: “Ainda que sejas para todos uma pedra de tropeço, nunca o serás para mim.” E lembrando-se disso, sem dúvida lembrou-se como naquele mesmo dia negou ao seu Mestre.
Se foi assim podemos ver porque Pedro escolheu as suas palavras em resposta a Jesus nesta ocasião afim de que não caisse de novo em contradição.
“Simão, filho de Jonas, amas-me mais do que estes?”
Amas-me com o mesmo amor que Deus teve quando deu o seu Filho para morrer pelo mundo?
Sim Senhor, tu sabe que te amo. Eu te amo com o amor que um amigo tem para outro.
Simão, filho de Jonas, amas-me com o mesmo amor que o Filho de Deus teve quando morreu na cruz para a salvação dos pecadores?
Sim, Senhor, tu sabes que tea mo. Eu tea mo como a minha próprio vida.
Simão, filho de Jonas, amas-me com o amor que um discipulo tem para o seu mestre amado, produzindo reverência e obediência?
Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo. Eu te amo com o mesmo amor que um noivo tem para a sua noiva.
Simão, filho de Jonas, amas-me, amas-me com o amor que produz adoração e veneração?
Sim, Senhor, tu sabes que te amo. Eu quero bem a ti, como uma mãe ama o seu filho. E, finalmente, Jesus disse: “Simão, filho de Jonas, amas-me como um irmão ama a um dos seus irmãos? E Pedro respondeu e disse: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo.
Como já afirmamos não podemos dizer ao certo que “agapeu” sempre significa isso e “phileu” aquilo, porque `as vezes os termos são trocados. E tambem não queremos colocar qualquer palavra na boca do nosso Mestre e na do grande apóstolo Pedro.
Contudo, estudando o texto com o contexto e o uso comum das ditas palavras, lhes temos dada as significações mensionadas acima.
Agora, talvez, seja proveitosa fazer a nós mesmos esta mesma pergunta: “Amas-me mais do que estes?”
Amamos a Cristo bastante para sacrificar os nossos próprios desejos?
O amor é o motivo mais forte. O servo amado faz o maior service que lhe é possivel fazer. O pastor é o servo amado; o mercenário é o servo que trabalha por causa do emprego.
O amor é o que liga duas pessoas mais fortes; porém sendo traido pôde ser motivo para o mais terrivel crime.
Amamos o Cristo bastante para aceitar uma posição humilde segundo os olhos dos homens, porém onde há muito service cristão?
Amamos o Cristo bastante para aceitar um salário pequeno com o povo humilde, mas onde há muito serviço e uma grande oportunidade para servir a causa?
Amamos o Cristo bastante para servir uma igreja pequena num lugar obscuro, mas onde há almas perdidas?
Amamos o Cristo bastante para ficar no Seminário até o fim do nosso curso, mesmo diante de chamados urgentes de alguma igreja que nos deseja para pastor, assim obrigando-nos a nossa saída?
Amamos o Cristo suficientemente para continuar os nosso estudos quando o alugel da casa é difícil pagar e a nossa roupa se torna velha e o dono da venda insiste nos seus pagamentos mensais?
Amamos o Cristo bastante para estudar uma lição difícil até vencê-la, embora fiquemos cansados?
Amamos o Cristo e `a causa de Deus no Norte suficientement para ficar aqui quando há chamados no Sul?
Amamos o Cristo bastante para guardar os seus mandamentos ou os guardamos porque não queremos cair na estimação dos nossos amigos?
Amando o Cristo, os nossos atos e as nossas ações serão úteis ao reino de Deus.
A vida de amor é a vida de service e oração.
Meus jovens irmãos, examinemos os nossos motivos de serviço e procuremos amar a Cristo no sentido de “agapeu”.
NOTA – Este discurso foi proferido aos seminaristas e pastores no Seminário do Recife, na ocasião da lecção seminal. Alguns acharam por bem ter um auditório maior, por isso está posto nesta forma.
O Autor
Neste assunto, como em todos os assuntos religiosos, a Biblia tem que ser consultada. A Biblia é a única fonte de nossa informação acerca do batismo. Quem quizer ser informado concernente a esta ou a qualquer outra doutrina cristão consulte a Biblia.
Há dois extremos quanto a idade para uma pessoa ser batizada. Há quem batize uma pessoa de qualquer idade, até crianças de braço. (Estou usando o termo batismo no sentido popular e não segundo a Biblia, pois, a Biblia só fala em um batismo, isto é, a imersão em agua, de um crente.
Outros há que ficam escandalizados quando se fala em batismo infantile, de forma que vão tambem de outro extremo, querendo somente batizar aduyltos de 15 anos acima.
Ora, ambos estes grupos laboram em erro. A Biblia não fala na idade do candidato ao batismo. Apenas há um requisito: ser crente.
Quando uma pessoa se torna crente, deve ser logo batizada. Este tem que ter capacidade de crer em Jesus Cristo para a sua salvação.
A doutrina biblica inclue arrependimento e fé, pois um crente é um arrependido de seus pecados e tem fé salvadora em Jesus Cristo.
Uma criança, antes de chegar à de raciocínio, não pode ser batizada.
Um idiota não deve ser batizado. Tal pessoa não pode crer em Jesus Cristo.
EIS O QUE DIZ A BIBLIA:
“Então ia ter com ele o povo de Jerusalem, e toda a Judéia e toda a provincia adjacente ao Jordão e era por ele batizado no rio Jordão confessando os seus pecados.” Mateus 3:5,6 Todas as pessoas batizadas tinham bastante idade e raciocínio para confessor os seus pecados.
Jesus disse aos seus discipulos: “Ide, portante, fazei discipulos de todas as nações, batizando-os, em nome do Pai e do Filho e do Espirito Santo.” Mateus 28:19
Este versículo ensina que os DISCIPULOS eram as pessoas que deveriam ser batizadas. “Os que receberam a sua Palavra foram batizados” Atos 2:41. Estes tiveram capacidade de receber a Palavra. Eram crentes.
O eunuco foi batizado depois de Filipe lhe haver explicado as Escrituras. “Perguntou o eunuco a Filipe: Rogo-te de quem diz isto o profeta? De si mesmo, ou de algum outro? Então Filipe abrindo a sua boca, e começando nesta Escritura, lhe anunciou a Jesus.E, indo eles caminhando, chegaram ao pé de alguma aqua, e disse o eunuco: Eis aqui agua; que impede que eu seja batizado? E disse Filipe: É lícito, se crês de todo o coração. E, respondendo ele, disse: Creio que Jesus Cristo é o Filho de Deus. E mandou parar o carro, e desceram ambos à agua, tanto Filipe como o eunuco, e o batizou. Atos 8:34-38.
Notamos aqui em primeiro lugar, que o eunuco estava lendo a Biblia, tendo aceitado a explicação que Filipe, o servo de Deus, lhe deu acerca de Jesus o Filho de Deus, por isso, cremos que ele era crente.
Em segundo lugar logo o batismo. Para tal o Filipe não exigiu que ele fosse um teólogo.
Em terceiro lugar notamos aqui que o ato efetuado por Filipe foi imersão. Ambos desceram à agua e ambos subiram da agua.
Lidia foi batizada depois do Senhor lhe abrir o coração para atender aos ensinos de Paulo. “Uma mulher chamada Lidia, vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira e que servia a Deus, nos escutava e o Senhor abriu-lhe o coração para atender as coisas que Paulo dizia. “ Atos 16:14
O verso 15 nos ensina que Lidia foi batizada logo após a sua conversão.
O carcereiro foi batizado depois de ouvir as palavras de Paulo e Silas. “Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo” Atos 16:31.
Todos estes foram batizados pela sua própria vontade, cumprindo assim a Palavra do Senhor.
Vemos em todos estes casos que as pessoas batizadas eram crentes. Não pode ser batizado um bebê, um idiota, nem qualquer outra pessoa que não tenha bom senso.
Então quem deve ser batizado? A resposta biblica é: o crente!
Mas surge a pergunta – Pode um menino de 9, 10, ou 11 anos ser batizado? A minha resposta – conforme a capacidade do menino. Há crianças desta idade que podem crer em Cristo, Jesus, podendo, por conseguinte, ser regeneradas. Tais meninos estão em condições de ser batizados.
Mas alguém poderá objetar: - tais meninos não podem defender a nossa doutrina perante o mundo católica. É verdade. Porém tambem há meninos de 50 anos, de barba e bigode, que não sabem defender a nossa doutrina perante o mundo. Para ser batizado e tornar-se membro de uma igreja batista, não é necessário ser um teólogo. Apenas ser regenerado.
O treinamento nas nossas doutrinas vem depois. Este é o trabalho de nossas Escolas Dominicais, das Uniões de Treinamento e dos sermões doutrinários do púlpito evangélico. Demais este treinamento em nossas doutrinas deve ter a base em nossos lares.
Mas há outros que poderão dizer – um menino não pode votar em nossas sessões da igreja. Se um menino tem raciocínio bastante para ser regenerado, tambem tem raciocínio para dizer o que quer.
Há outros que pbjetam que um menino não pode vencer as tentações do mundo, pois caindo nelas, trará escandalo à igreja. É verdade. Os atos em nossas igrejas mostram que isto tem acontecido muitas vezes, porém os mesmos tambem mostram que a maioria dos escandalos em nossas igrejas têm vindo de adultos de ambos os sexos. Tal não é argumento contra um menino. Se o fosse, seria tambem contra o adullto.
Diante disto o que devemos fazer?
A igreja deve decidir o caso mediante o testemunho do candidao, tendo o máximo cuidado na aceitação do mesmo.
A igreja e o pastor têm uma grande responsabilidade. Casos há em que o pastor se deve dirigir mais pelo que sabe e conhece do candidate, do que pelas suas próprias palavras por ocasião da profissão de fé. É mais importante ler o coração do candidato do que ouvir as suas palavras.
O pastor sendo homem não póde saber com certezase o candidato é ou não um filho de Deus, mas tendo todo cuidado, se ainda a pessoa é incrédula, livrou suas responsabilidade.
Alguém já disse que 50 porcento dos membros das nossas igrejas são incredulous. Creio que a porcentagem é exagerada, porem infelizmente a experiéncia nos mostra que muitos não são regenerados.
Seja qual fôr a idade do candidato, o caso fica sobre o seu testemunho. É facil um menino enganar-se, querendo entrar na igreja por causa de amigos, ou dos pais. Em tais casos, não devem ser batizados.
Se a igreja está em dúvida, bom é esperar um pouco e o tempo então resolverá o caso.
Então, quem deve ser batizado?
O Novo Testamento ensina que é o crente seja qual fôr a sua idade.
“Eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a meninos em Cristo.” 1 Corinthians 3:1
Paulo aqui fala aos crentes da igreja em Corinto. Estes irmãos já tinham sido convertidos e batizados, pois eram membros desta igreja.
Estes crentes era criancinhas como diz o apóstolo Paulo. É bem interessante ver como estes crentes pequenos andavam nesta igreja. O Livro de 1 aos Corintios trata deste assunto.
Paulo diz que estes crentes eram como meninos em Cristo. Isto indica que eles já era nascidos de novo. Eram nascidos de cima. Eram regenerados pois eram crentes.
Jesus disse a Nicodemos que era necessario nascer de novo antes de poder ver o reino de Deus. João 3:3. Ver o reino de Deus aqui significa entrar no reino de Deus ou estar salvo em Cristo Jesus. Estes crentes eram salvoa em Cristo, poise ram nascidos de novo – regenerados.
1. Vamos ver a comparisão ou a semelhança entre um menino em Cristo e um menino qualquer.
(1) Ambos são nascidos. Não pôde haver um ser neste mundo sem nascimento.Esta é a lei de Deus. Todas as pessoas vindas ao mundo depois de Adão e Eva têm sido pelo nascimento.. Este é o nascimento físico.
Cada crente tem nascido de novo, pois os crentes têm nascido duas vezes.
O primeiro se chama nascimento físico e o segundo nascimento espiritual O primeiiro, sendo físico, resulta em ter um corpo visível. O segundo, sendo espiritual, não tem corpo visível, mas invisível, espiritual.
O segundo é tão real como o primeiro. O segundo nascimento resulta em um crente que é uma outra pessoa, pois, é nascido de Deus.
(2) Ambos são pessoas ou seres completes. Isso quer dizer que quando um menino nasce fisicamente neste mundo é absolutamente uma pessoa completa. Tem todos os orgãos de um adulto na mesma hora que nasce.
Assim é com um crente. Jesus não faz a sua obra incompleta. Uma pessoa não é metade crente, hoje, para a obra ser completada amanhã. Um homem é filho de Deus ou filho do mundo num instante.
(3) Ambos usam leite. Uma criancinha não tem dentes para mastigar alimento sólido, pois tem de usar leite ou alimento liquido, que é adaptável ao seu organismo tenor.
Paulo diz que deu leite a estes crentes em Corinto porque eles não podiam ingerir outra coisa. O apostolo quiz dizer aqui que deu-lhes doutrina facil de entender. Eles não estavam prontos para receber as doutrinas que explicavam os deveres de crentes adultos. Pois neste sentido ambos usavam leite.
(4) Ambos são sem instrução. Eles são ignorantes acerca das coisas desta vida. Não têm capacidade para receber verdades de uma só vez, mas sim gradualmente. O menino recebe diàriamente instrução dos pais e mestres conforme sua capacidade de aprender. Igualmente, o menino em Cristo recebe dos seus mestres a doutrina de Cristo.
O ser crente não é garantia de ser teólogo. Tem de aprender pela aplicação e estudo.
(5) Entre criancinhas sempre há ciúmes e contendas. Uma criancinha quer justamente o que o seu amigo tem. Tudo que existe na mente de um bebê pertence a ele. Se não receber logo há barulho e choro. Assim é em nossas igrejas quando há grupos de meninos em Cristo em nosso rol.
Esta classe dá muito trabalho ao pastor e aos fieis. Muitas vezes eles querem governar a igreja quando não têm experiência nem a capacidade de dirigir.
(6) Ambos são carnais. O menino natural é carnal porque nada sabe das coisas espirituais. Ainda não chegou à idade de raciocínio, pois, não pôde crer nem apreciar as coisas do espirito.
O menino em Cristo é carnal porque não cresceu nas coisas espirituais. Pensa mais nas coisas do mundo do que nas da igreja. Vive nas ocupações desta vida, pois não permite as coisas espirituais demorar na sua mente e no seu coração. O resultado é que ele é carnal.
(7) Ambos choram sem causa.
Qualquer coisa provoca um dilúvio de lágrimas de uma criança. O choro é a lingua da criança. Nisto recebe o que quer e rejeita o que não quer.
Temos chorões entre os meninos em Cristo. Eles não derramam lágrimas no sentido literal, porem choram bastante por qualquer coisa que é contra a sua vontade.
O menino, crescendo, deixa de chorar tanto. O menino em Cristo tambem deixa esta fraqueza quando se torna homem em Cristo.
(8) Ambos têm medo. Eu me lembro agora quando era menino e fui deitar-me à noite na escuridão com muito medo. Pensava que havia fantasmas na escuridão para me prenderem. Pensava assim porque era menino sem experiência, sem a capacidade de raciocínio. Logo quando cheguei a ser rapaz esta fraqueza desapareceu.
Um menino em Cristo tambem falta-lhe a experiência cristã; falta-lhe a fé que vence as dificuldades, pois quando vê qualquer obstáculo na vida tem medo dele. Isto tambem desaparecerá na eexperiência cristã.
(9) Ambos têm a capacidade de crescer. O fisico do menino cresce pelo exercício. A sua mente desenvolve-se na aplicação dos seus estudos. A falta do menino em fazer a sua parte nesse processo é fatal.
Assim é o menino em Cristo. Tem a capacidade de se tornar um, homem em Cristo pela aplicação das coisas que Deus colocou na sua mãos. Porem ele mesmo tem de aplicar esta coisas pelo estudo da Palavra de Deus e receber instruções daqueles que podem instruí-lo.
(10) Ambos dão muito trabalho e cuidado a outrem. Na casa onde há crianças sempre há bastante trabalho da parte dos pais. Eles têm de guiá-las, protegé-las e corrigí-las.
O pastor tem o mesmo trabalho numa igreja onde há meninos em Cristo.
2. – A diferença entre uma criança e um menino em Cristo.
(1) Um menino ou uma criança quer dizer uma pessoa de pouca idade. Passando esta idade ele deixa de ser menino, embora possa ser ignorante.
Um menino em Cristo pode ter qualquer idade depois de ter a capacidade de crer. Pode ser um homem velho com bigodes. Não depende de idade, mas sim do desenvolvimento cristão.
(2) Um menino é sempre inocente. Não tem dolo. Ele pratica muitas coisas más, porém não é de propósito.
Um menino em Cristo pode ser inocente ou não. Às vezes ele é culpado de fazer muito mal, e isto de propósito.
(3) Um criança é sempre dependente. Ela sempre depended de outrem para todas as suas necessidades. Às vezes um menino em Cristo é muito independente, até orgulhoso.
(4) Ser menino é natural. Esta cumprindo a lei de Deus. Permanecer menino em Cristo por muito tempo é contra a vontade de Deus.
3 – Estes meninos na Igreja de Corínto
(1) Tiveram dissenções entre si e acerca dos pastores. Uns quizeram Pedro, outros Apolo e outros Paulo. Deram muito trabalho a Paulo que escreveu palavras bem duras contras estas partidas.
(2) Entre aqueles destes grupos houve o caso de incesto. Paulo diz que até nem os gentios praticavam tal coisa.
(3) Eles foram aos juizes incrédulos e não aos crentes. Nisto fizeram muita tolice. Os crente hão de julgar os anjos, pois devem julgar as coisas minimas entre si.
(4) Outros fizeram questões a respeito da carne oferecida aos ídolos. Paulo afirmou que a carne oferecida aos ídolos prestava para comer como qualquer outra carne, porém se comer tal carne ofendia um crente fraco, melhor era não comé-la.
(5) Houve dissenções acerca da Ceia do Senhor. Alguns achavam que deveriam fazer a Ceia como um jantar em casa. Nisto eles pecaram, porque o motivo da Ceia foi desprezado, pois celebrada assim não lembrava a morte do Senhor.
(6) Tiveram ciúmes acerca do dom de falar linguas. Alguns julgavam que o dom de falar linguas era o melhor dom, o que Paulo negou.
Podiamos estender-nos em considerações e conselhos baseados na Palavra de Deus para o crescimento spiritual dos “meninos em Cristo” até atingerem a maioridade e se tornarem varões perfeitos em Jesus, mas isto não comporta o formato deste impresso.
Apenas deixamos aqui o nosso apelo: Melhor é ser homem crescido do que “meninos em Cristo. Isto vem pelo estudo da Palavra de Deus.
Como Deve Ser Celebrado o Culto Divino
O autor deste folheto não pretende dizer a última palavra sobre o assunto, apenas transmitir algumas idéias, o resultado de suas experiências como pregador durante 22 anos e como ouvinte da Palavra de Deus desde a infância.
O Pastor – O pastor tem mais influência no culto do que qualquer outra pessoa. O espirito do culto depende dele, não no sentido absolute, mas cumpre reconhecer que é ele um grande fator na celebração do culto evangélico.
O sermão deve ser preparado antes de chegar ao púlpito. Isto quer dizer que o esboço e o desenvolvimento do mesmo devem ser feitos ou no papel ou na mente. O pastor não deve deixar o seu sermão para ser achado e preparado quando fôr à igreja. Não quero significar que o Espirito Santo não tem nada com a pregação. Ele tem. Mas o Espirito ajuda melhor àquele que se ajuda a si mesmo. O preguiçoso diz: Não preparo o meu sermão porque Deus há de encher a minha boca na hora da pregação. O sabio diz: Sim, Deus enche a tua boca mas de ar.
O espirito do pastor deve ser saturado do poder do alto. O seu coração se alegrará debaixo da influência do Espirito Santo. Mas isto só vem quando o pastor vive em comunhão com Deus. Feliz é o pregador que comunga com o Senhor uma hora antes de subir no púlpito. O auditório há de sentir a diferênça. Tudo isto deve ser antes do culto.
A hora do culto deve ser marcada e obedecida, e a mais conveniente para toda a congregação. Uma vez combinada, deve ser rigorasamente observada. O viajante que chega cinco minutos depois do horário do trem, geralmente fica decepcionado. O trabalho do Senhor não deve ter menos valor. O pastor deve chegar poucos minutos antes para ver se tudo está em ordem.
A Roupa do Pastor – Como se deve vestir o pastor? Esta pergunta já me foi feita mais de uma vez. Sempre tenho dito que ele deve vestir-se de tal maneira que ninguém venha a notar a sua roupa.
Isto quer dizer que a sua roupa não deve atrair a atenção, não deve ser cara demais, nem pobre demais. Um pastor, que seja tão almofadinha que não possa ficar perto do um irmão comum, é uma abominação para a Causa de Deus. Também um pastor, cuja roupa seja tal que os membros fiquem envergonhados, está também prejudicando o Evangelho.
A igreja deve pagar ao seu bispo o bastante afim de que ele possa vestir-se como os demais irmãos.
Os Avisos – Os avisos devem ser feitos antes do sermão e devem ser breves. Só devem ocupar poucos minutos. Qualquer aviso do auditório deve ser escrito e dado ao pastor antes da hora.
O pastor poderá aborrecer o seu povo se ele não souber despachar logo este importante service.
O Sermão – O sermão é o coração do culto. As orações e a música têm o seu lugar no culto divino e este lugar é muito importante, porém se o sermão fôr um fracasso, o culto fracassará.
O sermão não deve ser longo demais, nem demasiadamente curto. Depende da ocasião. O pastor é que decide isto, guiado pelo Espirito Santo.
Não deve ser um discurso politico, nem de ciência ou filosofia, mas uma mensagem de um profeta ao seu povo.
A Música – A música ajuda muito o pastor, se o que a dirige souber dirigí-la. A música não deve ser morta, nem um jazz; não deve ser cantada tão devagar que pareça uma marcha fúnebre, nem tão rápida e frivola como um Fox-trot.
O auditório deve acompanhar o dirigente. Se não o souber seguir, o resultado sera dissonante e, em vez de se crier uma atmosfera de louvor a Deus cria-se exatamente o contrário.
Um hino de convite não deve ser contado no princípio do culto, nem o de consagração na ocasião do apêlo.
A casa deve estar pronta na hora, bem limpa, atraente, ventilada. Os bancos não devem ser limpos pela roupa do auditório.
Para uma congregação educada, não é necessário observer: “É proibido cuspir no chão”. Este hábito é mau, repugnante e prejudicial à saúde.
Os Ouvintes – O auditório deve apresentar-se no espírito de louvor a Deus. A casa de Deus não é feira. Toda a conversa que vá perturbar a atmosfera religiosa deve ser eliminada. O ouvinte deve chegar e sentar-se. Não deve entrar e sair logo, repetindo isto diversas vezes durante a hora do culto. Tal costume faz o pregador chorar no seu coração
Ninguém deve ir beber agua na hora do culto divino. Não se morre de sêde durante uma hora. Também esta não é a ocasião propícia de ler um journal, nem mesmo a Biblia ou qualquer outro livro. O momento deve ser inteiramente consagrado a ouvir o pregador. Os negócios e o se passa na rua não devem ser tomados em consideração. As janelas foram feitas para a entrada do ar e da luz e não para distrair a atenção do auditório.
A pessoa que dorme na congregação desanima muito o pregador. A casa de Deus não é dormitório. Tal hábito é pernicoso. Se um amigo nos visitasse e, durante a palestra, cochilasse e dormisse, ficariamos sobremaneira escandalizados. Deus está falando ao seu povo por intermédio do seu mensageiro, e os ouvintes devem ouvir.
Mas alguém dirá: “Sim, mas eu não estava dormindo, fechei os olhos para ouvir bem o pregador.” Pois bem. Para o pregador é a mesma coisa. Para ele, quando alguém cerra os seus olhos, está dormindo. O único pregador que poderá pregar com o mesmo fervor, emquanto o povo dorme é o pregador cego.
Outra coisa muito prejudicial é o olhar para trás para ver quem vem, na ocasião em que o pregadaor está fazendo o apêlo para aceitarem a Cristo como Salvador. Não faças isto, irmão. Pôde dar-se o caso de uma alma bem perto do reino de Deus, fique envergonada, e não aceite a Cristo. O crente deve orar em secreto a Deus, lutando pela presence dp Espirito Santo e pela conversão de almas. Uma congregação toda com esta attitude vence mesmo o Diabo. Um pregador humilde torna-se um pregador poderoso. A convicção vem como um grande dilúvio sobre os pecadores e estes acharão Cristo, o Salvador. O espirito e a attitude do povo de Deus na casa de oração têm muita influência.
Feliz é o pastor que dirige um povo que sabe orar e portar-se evangelicamente nos cultos divinos..
Tudo o que existe tem razão de ser. Quando uma coisa se torna inútil, logo é desprezada pelos homens e em pouco tempo desaparece.
Se isto é um fato nas coisas humanas, quanto mais nas coisas de Deus.
Cremos que uma igreja Batista tem como seu autor Jesus Cristo. Isto quer dizer que a sua razão de ser está baseada nas doutrinas do Novo testamento. Sendo por consequinte Jesus Cristo o seu autor ela tem uma função especial.
1. Negativamente
(1) Um igreja Batista não tem a sua razão principal de ser em construir um prédio grande e bonito. Não quero ser mal interpretado. Sou a favor de uma casa para a igreja de Deus, quando é possivel. Deve possuir um prédio bastante espaçoso para ter as classes da Escola Dominical separadas. Emfim, um templo para a igreja de Deus deve ajudar o povo a louvar o seu nome.
Porem, quando uma igreja só pensa em uma casa e despreza tudo mais imediatamente se torna infiel ao seu Mestre.
(2) Uma igreja Batista não é um clube social. Isto não quer dizer que os membros de uma igreja Batista não devem ser sócios. De todo o povo de Deus o povo batista deve ser amigável e ter a mais íntima camaradagem, porém na casa de Deus não é o lugar de mostrar isso.
A igreja é o lugar onde o povo de Deus deve ter festas espirituais com o seu Deus.
Qualquer culto ou serviço que se revista ou se aproxima do espirito mundano não deve ser efetuado no casa de Deus.
(3) Uma igreja Batista não é um banco. Isto quer dizer que dinheiro dado para os fins da denominação deve ser enviado mensalmente.
Devemo-lo fazer mensalmente por duas razões: (a) porque o nosso trabalho não tem reservas e em cada mês há necessidade de dinheiro. (b) Porque constiutue uma tentação para o tesoureiro emprestar o dinheiro que está nas suas mãos, pensando restituí-lo logo. O tempo da restituição chega, e o pobre do tesoureiro está embaraçado.
(4) Uma igreja Batista não existe para sustentar somente o seu trabalho local. Sei que o trabalho local tem de ser sustentado, porque é a base de todo o trabalho e, se a base morrer tudo se perde; porém o trabalho local e as causas gerais devem ser sustentados juntos. Se a igreja quer que a sua base fique mais forte e mais abençoado deve contemplar causas fora de si mesma. Tal é a lei de Deus. A pessoa ou qualquer instituição que só pensa em si, manifesta egoismo e há de diminuir em pouco tempo.
O Mar Morto só recebe, não tem saída. O resultado é degeneração e corrupção. O Mar da Galiléa recebe e ao mesmo tempo, dá; tem saída. O resultado é a agua doce, vida.
(5) O púlpito de uma igreja Batista não é o lugar para o seu pastor mostrar que é um homem muito instruido. Discursos de ciência, história e filosofia podem ser feitos pelo pastor, porém não no púlpito da sua igreja. Há ocasiões para estes temas e o pastor deve estar preparado para discutí-los, mas o seu púlpito não existe para este fim.
2. Positivamente
Creio que a única razão de ser de uma Igreja Baitista é evengelizar o mundo inteiro. Creio também que para fazer isto tem de treinar os evangelizados. O alvo do último é cumprir o primeiro, pois só há um fim – evangelizer o mundo.
Para uma igreja pequena sozinha evangelizer multidões de pessoas em outro continente é difícil, mas é possivel fazê-lo quando esta mesma igreja se une com um grupo de outras igrejas.
Eis o nosso trabalho organizado. Os batistas desde muitos anos já aprenderam que para cumprir melhor as palavras do nosso Mestre devem cooperar uns com os outros.
Para este fim temos as convençoes mundial, nacional e estadual. A Convenção Estadual é a Convenção menor que cuida do trabalho organizado no seu Estado.
As Convenções criam Juntas para estas fazerem durante o ano o trabalho que foi planejado na propria Convenção.
O nosso trabalho aqui em Pernambuco está bem organizado. Por longos anos a nossa Junta Cooperativa tem servido à Convenção Pernambucana. Desde o litoral até ao alto sertão pernambucano, centenas de almas têm ouvido a Palavra de Deus, por intermêdio desta Junta.
As igrejas deste Estado sempre tiveram visão larga, sempre olharam da sua própria porta até as regiões além
As igrejas deste Estado sempre ouviram as ordens do nosso Mestre Jesus Cristo e têm-se esforçado por cumprí-las.
Muitas vezes o secretário correspondente e tesoureiro da Junta Cooperativa deste Estado tem feito apelos e sempre tem sido atendido. Creio que esta vez sera tambem ouvido.
Irmãos deste campo permiti-me uma palavra que toque nos vossos corações. O trabalho está em pleno progresso. Todas as suas fases vão bem. As notícias de Portugal são animadas. O povo ali está ancioso para ouvir o Evangelho. Os nossos missionários entre os índios sempre estão clamando por outros obreiros. O nosso evangelista no sertão dá-nos noticias animadas. Temos rapazes que querem estudar no Seminário.
Que nos falta? Apenas os meios para sustentá-los.
A vossa Junta está tentando cumprir o plano feito na Convenção. A Convenção é constituida por um grupo de mensageiros das igrejas deste Estado. Portanto é o vosso plano.
Agora, irmãos, o meu apêlo é que me enveis os vosso compromissos mensalmente para sustentar o nosso trabalho. Os últimos dois meses têm sido um verdadeiro fracasso. Um grande grupo de igrejas nada contribuiram, nem um vintem. Algumas mesmo têm faltado por mais de um ano. Irmãos, se continuarmos nesta mesma base, temos que fechar o nosso trabalho organizado. A vossa Junta sera forçada a reunir-se e terminar o contrato com o nosso evan gelista. Isto não deve acontecer. Se as igrejas cumprirem com o que prometeram tal situação sera evitada.
Uma igreja de Jesus Cristo não deve guardar tudo para si. Tal igreja há de falhar mais cedo ou mais tarde. Jesus não estará ao lado de tal igreja por muito tempo.
Meus irmãos, apelo para as vossas consciências cristãs, em nome de milhares de almas famintas, a que cumpraes com a vossa parte no sustento do trabalho de Cristo.
Vossa na fé.
“Abraão era muito rico em gado, em prata e em ouro.” Genesis 13:2
Neste pequeno tratado discutiremos em que sentido o dinheiro é do crente, e tambem a respeito do dinheiro de Deus.
Realmente, no sentido absoluto, o crente não pode dizer: este dinheiro é meu. Ele não pode ser dono de seu dinheiro a não ser no sentido relativo.
Deus é o Dono; o crente é o mordomo. Deus é o dono absoluto porque Ele o criou.
Salmos 24:1 diz: “Do Senhor é a terra e a sua plenitude; o mundo e aqueles que nele habitam.” Pois quando alguem diz: Este é o meu dinheiro; esta é a minha casa; esta é a minha terra, etc. fala num sentido limitado. O homem é o dirigente; o superintendente tem de dar contas a Deus.
Deus mesmo é que determina o modo como o crente deve usar seus bens. Se o crente obedece as ordens de Deus ele prosperará, porem se é desobediente a Deus e usa as coisas de Deus para seu próprio prazer, Deus há de tirá-las e dá-las a outrem.
Temos talentos. Devemos usá-los para gloria de Deus. Para um crente usar os talentos que Deus lhe deu em agradar o mundo, é rebeldia contra um Deus justo.
Devemos cultivar os nossos talentos. Podemos cantar, devemos cantar, expressando num canto a gloria de Deus. Uns têm o dom de ensinar a Palavra de Deus, devem ensiná-la em cada oportunidade que se lhe depare.
Deus é tambem dono do nosso tempo. Ele tem dito que um dia em cada sete lhe pretence. O crente deve guarder esse dia que é destinado ao descanso do corpo físico e à Gloria de Deus, de acordo com a Palavra de Deus.
Há crentes que trabalham no dia de domingo. Alguns por necessidade outros por querer. Alguns pensam que se não trabalhararem morrerão de fome. Não. Estão errados.
Mas, guardando bem o dia do Senhor, o que havemos de fazer com os outros seis dias?
Temos o direitro de usá-los segundo o nosso bel prazer? Não. Não temos o direito de fazer nada nestes dias que seja contrário à lei de Deus. Um homem que quer prozar todo o dia e cada dia, deve ler novamente a sua Biblia.
Igualmente Deus é o dono do nosso dinheiro.
Mas antes de discutirmos o nosso dinheiro, discutiremos o dinheiro que Deus exige para si.
No Velho Testamento Deus exigiu dos Judeus uma decima parte de todo o dinheiro recebido para si. Moisés, escrevendo a lei de Deus em Números 18:24 e 26 afirma isso.
Os Levitas receberam o dízimo das outras tribos pelo serviço que prestaram a Deus na tenda.
O versículo 26 afirma que os Levitas pagaram o dízimo dos dízimos. Isso nos ensina que um obreiro de Deus dando todo o seu tempo e talentos tem de dar tambem o dízimo como os dremis crentes na sua igreja.
Por duas razões o paqstor tem de ser dizimista – (1) A Biblia ensina isto; (2) O seu exemplo. Ele não pode pregar uma doutrina com entusiasmo que não pratica. Mas alguem afirma que isso foi ensinado na lei de Moisés. Moisés simplesmente continuou a ensiná-la.
Jacó uma vez encontrou-se com Deus, numa visão celestial. Nesta visão Deus mostrou-lhe a Gloria do céu e revelou-lhe o seu propósito de dar-lhe aquela terra. Jacó ficou tão impressionado com esta visão que exclamou: Vou ser dizimista. (Genesis 28:20).
Tambem Abraão, encontrando-se com Melquizedeque, deu-lhe o dízimo de tudo. (Genesis 14:20)
Agora examinemos uma passagem no Novo Testamento. Em Mateus 23:2,3, encontramos: “Então falou Jesus ao povo e a seus discipulos: na cadeira de Moisés estão assentados os escribas e fariseus. Observai, pois, e praticai tudo o que vos disserem; mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem e não praticam.”
Os escribas e Fariseus ensinavam as doutrinas de Moisés. O Mestre sem dúvida, quiz dizer isto quando Ele disse “na cadeira de Moisés.” Pois quais foram as doutrinas de Moisés? Sabemos que uma de suas doutrinas é o dízimo como acabamos de citar.
Jesus disse que eles deviam fazer e observer estas doutrinas, pois creio que aqui Jesus aprovou a doutrina do dízimo.
Como já dissemos, a lei do dízimo de Deus não é de Moisés Moisés era apenas o escritor que copiava o que era revelado por Deus.
Jesus Cristo é o Filho de Deus e mais é Deus mesmo, a doutrina do dízimo, pois, é a sua doutrina.
Tambem creio que uma igreja composta de crentes deve ser dizimista. Jesus disse à sua Igreja: “Ide e fazei discipulos de todas as nações.”
Creio que uma igreja que recebe os dízimos dos seus membros e guardar tudo para os seu próprio trabalho está pecando contra a lei de Jesus. (Mateus 28:19-20)
Creio que uma igreja deve dar muito mais do que uma decima parte das suas entradas para o trabalho fôra da sua própria sede. Estou dizendo pelo menos uma decima parte. Não vejo como um pastor pode ensinar os membros de sua igrejas a serem dizimista, emquanto a sua própria igreja é “casca-dura”.
O Crente e o seu dinheiro
Agora devemos notar o crente e o seu dinheiro ou a parte do dinheiro que Deus lhe entregou para seu uso como mordomo.
Devemos bem frizar que o dono de topdo o dinheiro é Deus; o homem não tem direito de usá-lo ou destruí-lo ao seu bel prazer.
Perguntamos: Pode um crente ser rico? A resposta é sim. Pode. Abraão era muito rico. (Genesis 13:2). Ninguem nega sua crença. (Genesis 15:6)
O crente fiel tem promessa de Deus de ser próspero. Cada crente fiel receberá as benções de Deus, embora não se torne um milionário. Raras vezes um homem tem a capacidade de possuir muita riqueza. Seria uma grande derrota para muitos homens receber uma grande fortuna, pois não têm a capacidade para recebé-la nem usá-la. Se somos infiéis a Deus temos de ficar em nossa pobreza e miséria.
O mau uso do dinheiro:
(1) – Não devemos profaner a causa de Deus com o nosso dinheiro. Fizeram isto os cambistas no templo em Jerusalem. Jesus fez um chicote e os expulsou. Não era pecado trocar dinheiro mas era pecado fazer da casa de Deus uma casa de negócios.
(2) - Não devemos esconder, ou não usar o nosso dinheiro. Isto fez um homem que tinha recebido um talento e a quem seu Senhor chamou mau e preguiçoso; tirou o talento e deu-o àquele que tinha dez talentos. (Matteus 25:18).
Não temos o direito de rasgar, destruir ou não usar o dinheiro. Um rico tôlo, uma vez, fez um cigarro de uma cédula e o fumou. Ele pecou contra o seu país e contra Deus.
(3) - Um homem não deve tornar-se um avarento e viver somente para acumular dinheiro. (Lucas 12:16). Nesta passagem Deus chamou este homem: insensato. A vida passa, a morte vem e onde está a sua riqueza?
(4) - Quer incredulous ou crentes, não podemos comprar coisas espirituais com o dinheiro.
Simão, o mago, (Atos 8:20), pensou em comprar o dom do Espirito Santo. Pedro disse que isto não era possivel. Um crente não deve pensar em dar o dinheiro para cobrir qualquer pecado na sua vida. Não, isto não satisfaz.
(5).- Não deve amá-lo.
Paulo disse que o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. (1 Timóteo 6:10). O dinheiro não é raiz de todos os males, mas é o amor ao dinheiro.
Há tantos crentes pobres como crentes que têm um pouco de dinheiro que são culpados deste pecado.
O bom uso do dinheiro
O dinheiro é o agente pelo qual trocamos bens neste mundo. Na civilização como a nossa, o dinheiro é absolutamente necessário.
Devemos comprar tudo que é para o bem do nosso corpo. O corpo é necessário para nossa vida.
Devemos guardar bem a nossa saúde. Sem saúde não podemos server a Deus.
Devemos comprar tudo que é necessário para edificação da nossa mente – livros, jornais e toda a boa literatura.
Devemos ajudar em qualquer coisa que é para bem da humanidade, como hospitais, escolas, etc.
Enfim, devemos comprar com o nosso dinheiro tudo que nos ajuda a glorificar a Deus.
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